29.3.09

Enquete da IBFAN Brasil

Convidamos as mães leitoras deste blog a participar a enquete da IBFAN Brasil reproduzida a seguir. Para conhecer mais o extenso trabalho da Ibfan Brasil em defesa da amamentação, visitem o site: www.ibfan.org.br

Para vocês a imagem do copo de leite nos rótulos das imagens em baixo, representa:




( ) uma foto, um desenho ou outra representação gráfica


( ) uma imagem necessária para ilustrar o uso de produto

Podem responder postando um comentário direto aqui no blog ou enviando uma mail para:

francescaromana99@yahoo.com



27.3.09

Surpresa em Abril!

Queridas Mães.

Em abril não era prevista reunião mas a reunião vai acontecer sim: no dia 18/04 no mesmo horário (de 10h00 até 12h00), no mesmo local (Espaço Acalanto) e vai ter uma surpresa!
O tema da reunião:
PROGRAMAÇÃO DE ATIVIDADE PARA O DIA DAS MÃES
n ã o f a l t e m !!

LLL MACEIÓ FESTEJA 30 ANOS!

Hoje queremos fazer uma homenagem ao primeiro grupo LLL no Brasil: La Leche League Maceió, fundado em 1979 por Rebecca Magalhães, há anos coordenado por Pajuçara Marroquim com a colaboração de Damaris Lopes, desde que Rebecca voltou para sua terra natal, os EUA.


Para fazer isto, pedimos autorização à Pajuçara de reproduzir na integra o "boLLLetim" que ela edita a cada dois meses desde... 1980!


Rebecca e Pajuçara são autoras também do único livro de La Leche League em língua portuguesa "Amamentar Porque Não?", publicado pela editora da UFAL, que pode ser adquirido pela internet (http://www.edufal.com.br/).


E agora:



B O L L L E T I M I N F O R M A T I V O


Janeiro - Fevereiro 2009 Vol. 30 - N° 01


BOAS MÃES ATRAVÉS DA AMAMENTAÇÃO

1979 /2009 – La Leche League de Maceió: 30 anos investindo no futuro, informando, orientando, incentivando e apoiando a amamentação no Brasil.




Nota da Editora: A La Leche League de Maceió (LLLM), neste ano está completando 30 anos de atividades ininterruptas. Para celebrar a conquista, estamos publicando o artigo escrito pela Lavínia, membro da LLLM, mãe do João Juvenal, onde ela descreve o apoio de seu esposo Rodrigo, bem como o da LLLM para o sucesso da amamentação de seu filho. Dedicamos esse depoimento e os 30 anos de atividades, à fundadora da LLLM e sempre amiga Rebecca (Becky) Magalhães, que nos confiou o grupo há 20 anos, e sempre apoiou e apóia efetivamente nosso trabalho.


UMA AMAMENTAÇÃO E MUITOS APRENDIZADOS

Desde nova eu sonho em ter filhos, mas nunca sonhei especificamente em amamentar porque nunca foi algo que tivesse visto durante a minha infância. No entanto, por diversas razões na minha vida, amamentar foi algo que estava determinada a fazer, sem me importar com obstáculos no caminho. Aqui, conto como superei todos os meus obstáculos.



Redução de mama: o mito

Por razões estéticas, quando completei 15 anos minha mãe autorizou-me a realizar uma cirurgia de redução de mama. Lembro-me como hoje que a maior preocupação da minha mãe era se eu conseguiria amamentar. Em todas as consultas pré e pós-operatórias isso era perguntado e o médico dizia claramente que eu conseguiria amamentar. O tempo passou, e a notícia de que amigas que haviam realizado a mesma cirurgia, tiveram filhos e não conseguiram amamentar começou a se alastrar, ganhar força e confundir minha cabeça. Passei a ir a ginecologistas e perguntar a respeito, e todos me confirmavam que eu não conseguiria amamentar. Até engravidar, foram 12 anos de preocupação e consultas a médicos, onde perguntava, inclusive, se não existiria algum exame que pudesse ver se eu poderia amamentar.
A minha preocupação passou a ser a do meu esposo e, assim que engravidei, minha ginecologista mandou que procurasse a Pajuçara, coordenadora da Liga do Leite de Maceió. Participei da minha primeira reunião aos 3 meses de gravidez e o tema era “os benefícios da amamentação”. A cada novo benefício comentado pelas mães, ao invés de feliz com os «poderes» da amamentação eu ficava cada vez mais triste e me perguntando o que estava fazendo ali se não conseguiria amamentar. Pensei em sair da reunião, mas fiquei com vergonha. No final da reunião, criei coragem e disse exatamente isso para Pajuçara. Ela, de imediato, rechaçou a idéia de que eu não amamentaria e indicou vários depoimentos em seu livro, de mães que realizaram a cirurgia e amamentaram sem problema algum, pois desde o início ela me disse que o sucesso da minha amamentação estava no psicológico: se confiasse que amamentaria eu teria sucesso, de outro modo, eu poderia fracassar.
Descobri, então, que a chave do sucesso para amamentação após a redução de mama era exatamente o psicológico. Ao escrever essas linhas não posso deixar de notar que talvez essa seja a chave para o sucesso de toda e qualquer mulher, visto que, se a mãe deseja muito amamentar, pensa positivo e visualiza-se amamentando com muito leite, ela conseguirá. É “o segredo”. Bem, assim o fiz durante toda a gravidez.
Devido à cirurgia, havia perdido a sensibilidade nas mamas, por isso, não senti a mama sensível, mas, no 4º mês de gravidez eu já possuía muito colostro, segundo minha médica. A partir daí, tive a certeza de que eu conseguiria amamentar, pois já possuía colostro. Ainda assim, muitos ao meu redor tentavam me preparar para a mera possibilidade de eu não conseguir amamentar, com medo de que eu me frustrasse muito se não conseguisse.
Dizia a todos, com a maior certeza do mundo, que eu conseguiria amamentar. De onde veio essa vontade e essa certeza eu não sei, mas, em determinado momento, passou a ser uma questão de honra mostrar a todos que eu conseguiria amamentar.

Sem stress e com a maior certeza do mundo, pedi às médicas que colocassem o bebê para mamar entre 20 e 30 minutos após ele ter nascido e não deixassem passar desse prazo, pois havia lido que o reflexo de sucção até esse período é maior. Assim foi feito. Ainda estava na mesa de cirurgia (após o bebê nascer), quando minha obstetra e a pediatra começaram a tentar fazê-lo pegar o peito, sob protesto das enfermeiras, já que eu ainda não estava pronta após o parto de cesárea. Como meu mamilo era plano, ele demorou um pouquinho, mas logo pegou o peito normalmente. Mamou mais um pouco essa noite e dormiu quase a noite toda, vindo a mamar novamente de manhãzinha.
Alguns desestímulos ainda vieram de alguns médicos, outros demonstraram preocupação, mas eu simplesmente resolvi ignorar. Os comentários negativos ou incentivadores de leite artificial entravam por um ouvido e saiam pelo outro, sem maiores problemas ou chateações.
Sentia-me realizada amamentando e despreocupada com o fato de que a mama havia retornado ao tamanho que era antes da redução, o que também pode ser outro fator psicológico que influencie a quem se submeteu a uma redução de mama.

Mamilo plano e rachado: o verdadeiro problema

Saí do hospital com vitamina E prescrita pela obstetra para cicatrizar o mamilo e com a informação de uma pediatra de que o leite gordo só saía completamente após 40 minutos, ou seja, o bebê teria que ser amamentado em cada peito por 40 minutos até ser levado para o outro peito. Segui as orientações médicas.
A primeira semana com o bebê foi tranqüila. O problema começou a partir da segunda, quando o mamilo ferido parecia que tinha sido aberto, sem anestesia, para uma aula de anatomia. Sobre a carne crua do mamilo dava para ver os canais de onde saía o leite. Comecei, então, a usar a vitamina E prescrita. Realmente começou a cicatrizar bem rápido. Mas imaginem que a cada hora, sobre um começo de cicatriz o bebê mamava, tirando a casquinha e deixando o local pior do que estava. Foi a pior dor física que já senti na minha vida. E isso se prolongou por muito tempo, cada dia agravando mais a situação. Para piorar, passei a ouvir inúmeros conselhos diferentes, principalmente, o de deixar o mamilo exposto o maior tempo possível, bem como deixá-lo ao sol. Com isso, parecia que o mamilo estava, literalmente, sendo comido durante as mamadas, tanto pela dor, quanto pela aparência. Depois de 15 dias tentando de tudo sem melhoras (gelo para amenizar a dor, remédio para não sentir dor, secador para cicatrizar etc), uma noite não agüentei, e passei a agradecer a Deus os momentos que o João estava dormindo ou sem mamar. Quando ele pegava no peito eu me contorcia toda, chorava e, até, gritava de dor. Era uma tortura. E ao perguntar para as médicas o que deveria ser feito, todas elas diziam que nada poderia ser feito, pois o primeiro mês era assim mesmo. Passei a ter raiva das mulheres que diziam que amamentar era a experiência mais maravilhosa do mundo, pois nunca havia sofrido tanto em toda a minha vida. Uma força interior, porém, me motivava a continuar e agüentar a dor.

Houve um dia que não agüentei mais. De madrugada, chorando, pedi ao meu esposo que comprasse uma chupeta para dar tempo de eu tirar leite e dar ao bebê no copinho. Como ele havia lido o livro da Liga do Leite comigo, ele parou e me perguntou se não haveria uma outra saída. Isso foi lindo, mas, chorando muito, aos berros e soluços, disse a ele que precisava de um tempo para tirar leite e dar para ele, e não conseguiria com ele chorando. Ele comprou a chupeta e o João Juvenal pegou na mesma hora, sem maiores dificuldades. Mas, quando me mostraram ele de chupeta, eu chorava tanto que não conseguia tirar leite quase algum. Acalmei-me depois de uma hora chorando, dei leite para ele no copinho e fiquei me perguntando o resto da noite qual a real razão de eu não querer dar leite artificial, já que tantos meninos se criavam assim. Ao falar para o meu marido, ele me respondeu que se eu fizesse isso nós iríamos perder muitas noites, preocupados com o menino doente. Fiquei feliz novamente, pois no meu único momento de fraqueza, encontrei apoio do meu marido para continuar a amamentação.

No entanto, até então minha dor ainda não havia passado. No final de cada mamada eu me perguntava se agüentaria uma outra, mas as energias se renovavam após uma hora de descanso entre as mamadas. No final do outro dia, parecia que eu não agüentaria mais. Foi quando me lembrei que a Pajuçara fazia “consultas telefônicas” a mães desesperadas, e resolvi ligar. Durante uma mamada, chorando compulsivamente de dor e desespero, mas sem querer demonstrar, resolvi dar uma última chance à amamentação e liguei para ela. Como são dicas muito importantes, resolvi dar destaque ao que a Pajuçara me disse nesse telefonema:

A primeira coisa que me disse foi que a dor não fazia parte da amamentação, o que foi uma grande felicidade, pois para todos com quem conversava parecia que a dor era algo normal e eu teria que conviver com ela;

Depois me disse que não sabia como eram meus mamilos, mas que eu não deixasse de usar “as conchas” de silicone (a dura dos dois lados, para formar mamilo) e só tirasse quando o bebê estivesse pronto e posicionado na frente do peito, para não dar tempo de o mamilo se retrair;

A mamada não precisava durar os 40 minutos cronometrados no relógio, como eu fazia, pois na amamentação não existe horário. Quando o bebê reclamar já pode passar para o outro peito, pois o leite gordo demora poucos minutos para sair, já que o primeiro leite é mais ralo para matar a sede, porém, logo depois já vem o leite gordo;

Também me disse que não passasse nada nos mamilos, visto que o leite e a saliva do bebê eram cicatrizantes, e que só precisavam de 5 minutos de exposição ao ar livre após a mamada, e entre 2 e 5 minutos de sol para ajudar a cicatrizar;

No final, orientou-me quanto à posição correta do bebê: barriga do bebê encostada à sua barriga, e joelhos do bebê voltados para você.


Foram mais de 30 minutos de um telefonema tranqüilizante e motivador, pois ela me falou que no outro dia eu iria sentir uma melhora.

Terminei aquele telefonema e aquela mamada com as esperanças renovadas. Uma hora depois o João já queria novamente mamar e, qual não foi a minha surpresa quando, seguindo as orientações dela, não senti nenhuma dor. O peito ainda estava rachado, comido, sangrando e em carne viva, mas eu não sentia nenhuma dor.
Se existe milagre, esse foi um deles. A minha amamentação, então, passou por duas fases: “a.P e d.P” – antes da Pajuçara e depois da Pajuçara. Sei que este não é o momento mais indicado, mais gostaria de agradecer a ela por tudo o que fez por mim e pelo meu filho.

Bebê dorminhoco

No entanto, o fato de deixar o bebê por 40 minutos em cada peito me gerou um outro problema (além das rachaduras): ele passou a dormir direto no peito. Quando eu tirava, ele acordava e começava a chorar. Assim, continuei passando muito tempo com o bebê no peito e passei a achar que ele estava “viciado em peito”. Com isso, o mamilo não cicatrizava.
A única saída que me davam para resolver o problema era colocar uma chupeta, já que o João Juvenal estava fazendo o peito de chupeta.
Dessa vez resolvi não esperar tanto. Uma semana sem dar chupeta nem conseguir ir ao banheiro, pois ele chorava, liguei para a Pajuçara. Ela me disse que, provavelmente, o bebê estava apenas dormindo no peito e não mamando, e que para verificar isso, bastava eu colocar meu dedo mindinho no pescoço dele para ver se estava engolindo ou chuchando e, se ele estivesse chuchando e não tivesse se alimentado, eu deveria acordá-lo para mamar mais. No entanto, se ele já tivesse se alimentado, eu deveria tirá-lo do peito e só dar novamente com um intervalo mínimo de 1 hora, ainda que ele chorasse (e eu soubesse que não era de fome). Pronto, depois de cerca de 15 dias eu tinha o problema totalmente resolvido: meu peito estava cicatrizado e o bebê só dormia no peito pelo tempo que eu desejasse.

Resultado da amamentação: bebê gigante e doação de leite

Antes de amamentar sabia que poderia ter dificuldades, mas para cada uma delas haveria uma solução. Meu problema foi que, inicialmente, fui buscar a solução em pessoas que não sabiam quais eram as causas dos meus problemas, apenas seus efeitos. Agora sei que, para toda dificuldade existe uma solução, porém, ela deve ser buscada com quem entende e tem experiência no assunto.
No primeiro mês, com todos os problemas que tive, o João Juvenal engordou 630g. Fiquei super feliz, mas a pediatra, ainda preocupada com minha redução de mama, falou que ele precisava ter engordado mais 70g para ficar na média, desconsiderando que ele havia crescido 5,5 cm (acima da média) e me pediu para complementar com leite artificial a alimentação dele. Isso não foi feito.
No segundo mês, seguindo as orientações da Pajuçara, meu bebê engordou 1 kg – 300g acima da média e cresceu 2,5 cm, levando a pediatra a perguntar se ele havia tomado fermento. Com dois meses ele começou a querer ficar em pé, já sustentava a cabeça, gargalhava muito, se virava, e inúmeras outras coisas que só anunciam para bebês de 4 meses.
No terceiro mês o João Juvenal nunca ficou doente. É muito esperto! Engordou novamente 1 kg e aumentou 4 cm. Hoje, com três meses e meio, ele possui o tamanho de um menino de 6 meses e meio: 6,6 kg, 65 cm e perímetro cefálico de 42,5 cm. Ele parece um gigante e é super saudável!
Eu tenho tanto leite que me acordo de duas em duas horas à noite para tirar. Por conta disso, tenho tanto leite estocado que fiz uma grande doação a hospitais da região. Para vocês terem uma idéia, o meu leite estocado não coube no isopor que eles trouxeram da primeira vez. É irônico perceber após essa jornada, ainda no começo para nós, que uma pessoa que não deveria ter leite, na verdade, tem tanto que o doa para ajudar outras mães e outros bebês.
O João Juvenal hoje começa a espaçar mais entre as mamadas, e já começo a sentir tanta falta dele que a necessidade da amamentação já passou a ser minha.
Finalizo pedindo a todas que acreditem na amamentação (sem dor), nos seus benefícios e procurem soluções com as pessoas adequadas se os problemas surgirem.

Lavínia Cavalcanti Lima Cunha
Mãe da La Leche League de Maceió
Maceió,AL.




A La Leche League de Maceió está muito feliz por festejar seus 30 anos com vocês


...e La Leche League Brasília está muito feliz por festejar junto com o grupo irmão de Maceió uma meta tão importante!



13.3.09

AMANHÃ É DIA DE REUNIÃO!


Pois é: o nosso tema de amanhã será A CHEGADA DO BEBÊ.


Depois de nove meses de gestação, de "bonding" interno, o nosso bebê está no nosso colo!

Como vivemos e/ou estamos vivendo este momento? Nós mães, nossos companheiros, nossa família?

E a amamentação? Estamos tendo dificuldades? Está tudo dando certo? Vamos compartilhar?

O que temos para ensinar uma à outra?


O local da reunião continua o mesmo, no Espaço Acalanto:

SRTV, Qd. 701, Ed. Embassy Tower, sala 425


Nunca foi, não sabe como chegar, não conhece bem a capital federal, procure se orientar pelo mapa da nossa mãe Tatiana, a super-famosa Tati, dos Baby Wrapsling (http://maeguru.blogspot.com/)


Se até mesmo com o mapa não conseguir peça "Socorro!" pelo fone 8116-4126
Mas apareça! Vc é muito importante!

COMUNICADO OFICIAL DE LLL

La Leche League Brasília informa que, devido a recente comercialização por parte da Medela de produtos tais como mamadeiras e bicos como sistemas separados das bombas extratoras, produtos que violam especificamente o Código OMS e o Código de Ètica de La Leche League International,
La Leche League International e os grupos de La Leche League nos vários países onde eles existem não receberão mais patrocínio ou apóio da Medela assim como não estipularão acordos nem aceitarão publicidade da mesma.

A Medela já foi notificada pela LLLI de que os contratos existentes entre vários Grupos e a empresa serão mantidos até suas vigências mas que não serão renovados futuramente.
~ ~ ~ ~ ~ ~ ~
Precisamos ser consumidores responsáveis e atentos..... como Margaret Mead ensina: "Nunca duvide que um pequeno grupo de pessoas conscientes e comprometidas pode mudar o mundo; de fato, é a única maneira disto acontecer"

9.3.09

Relato nº 7

O dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, já passou mas os relatos podem continuar o mês inteiro ... portanto, continuem enviando....

Hoje estou postanto um e-mail que uma brasileira que mora na Grã Bretanha mandou para a lista de discussão de La Leche League.

Olá a todos.
Meu nome é Rachel, 30 anos. Sou mãe da Hellen, 5 anos, que foi amamentada até os 2 anos e do Victor 12 semanas, amamentado exclusivamente e assim ficará ate os 6 meses. Moro na Inglaterra há qze 5 anos e aqui não vejo muitas mulheres amamentando não. Enquanto estava na maternidade, depois que tiveVictor, vi muitas mães pedirem a formula para as enfermeiras, pq naum queriam amamentar. Tb vi algumas mães que não sabiam o que fazer, como amamentar e não receberam auxilio do corpo de enfermagem. Amamentar para mim é um orgulho, me sinto poderosa amamentando. ...rs Amo ver os olhinhos dos meus filhos me olhando enquanto estão mamando. Isso faz meu coração de mãe transbordar de alegria!Espero poder contribuir de alguma forma com a lista. BjosRachel-UK
(9 de julho de 2008)
Obrigada Raquel!

7.3.09

Reláto nº 6

(recebido em janeiro de 2009)

".... não conseguia ordenhar e estava precisando de tempo para resolver os problemas da padaria. Eu levava o Adriano prá lá, mas com bebê pequeno o trabalho não rende muito, tem que estar prestando atenção nele, trocar, dar o peito... pra sorte minha ele mama de 3 em 3 horas contadinho no relogio então é mais facil me organizar.
Eu tentei ordenhar também mas não saia quase nada. Uma vez eu consegui ordenhar 100ml, ele mamou tudo e ainda queria mais. Bom, as vezes que eu consegui ordenhar mais leite foi de madrugada. Eu ia de mansinho pro quarto do bebê e ficava olhando pra ele, sentindo o cheirinho dele, so assim pro leite sair, de dia e longe dele eu não conseguia mesmo.
Eu começava com a bombinha e quando ficava mais dificil de sair eu terminava com ordenha manual. Também li que uma foto ou uma roupinha com o cheiro do bebe ajudam na hora de ordenhar... é engraçado mas se o corpo não identifica a necessidade do bebê o leite chega a empedrar mas não sai! Eu consegui contornar a situação no trabalho pra poder continuar com ele, mas quase desesperei e dei leite em po. Quase! ....
Outro dia fiquei muito empolgada com a noticia de uma cliente minha que teve trigêmeos e quer amamentar todos os três! Ela deu um complemento no primeiro mês, até eles ganharem peso mas ja esta tendo leite suficiente pros três! Quem ainda duvida que a natureza é perfeita e se adapta até às situações mais inesperadas?"


Thais
Mãe do Adriano 3meses

6.3.09

Relato nº 5

Este relato é da Sílvia, adorável mãe de LLL Brasília, mãe do Bernardo que hoje é um menino saudável e tagarela de 2a2m. Esse relato foi dado por e-mail no grupo de discussão de LLL Brasilia (mês de julho) . Estava esquecendo: Bernardo ainda mama.

"Oi Meninas! Eu sou Silvia, mãe do Bernardo, que tem 1 ano e meio e também mama bastante nopeito! Moro em Brasília faz 9 meses, e em São Paulo frequentava a MATRICE, um grupo de apoio a amamentação bem legal, que a Francesca descreveu abaixo.

E essa experiência foi fundamental para a amamentação do Bernardo. Meu deu forças, me ensinou muito, me ajudou a superar várias dificuldades. Hoje procuro ajudar as outras mães a amamentarem dentro do possível, e acho fundamental que a gente se una para apoiar o aleitamento materno aqui em Brasília. Um grupo de apoio pode fazer toda a diferença mesmo na amamentação."

A Silvia explica muito bem o quanto se recebe e o quanto se dá em um grupo de apóio e como as mães se sentem gratas e querem retribuir apoiando as ..."mommy tobe".... parabéns Sílvia!

Aqui uma foto linda da Sílvia amamentando o Bê, já crescidinho, com a irmã Thaís amamentando a Flora (4m), ambas de São Paulo.


4.3.09

Relato nº 4

"Amamentacao após mamoplastia, é possivel? Leia aqui uma historia de sucesso!"

Andréia Mortesen, sócia de La Leche League nos EUA, onde mora, escreveu este relato em 14 de setembro de 2005 mas o tema é muito atual e ela me autorizou a publicá-lo nas páginas de La Leche League Brasilia.


"Primeiramente gostaria de parabenizar todas as mamaes guerreiras que pesquisaram e decidiram ir em frente com a amamentação! Realmente os beneficios sao enormes como a ciência comprova dia a dia.
Eu sou uma mãe que tive sucesso na amamentação e ainda amamento meu “bebe” de 2 anos e 4 meses, sem data para parar. Quem me conhece sabe que sou totalmente favorável à amamentaçâao, quanto mais melhor!

O que eu não concordo e jamais incentivaria é a mãe que opta por não amamentar desde o inicio (pessoalmente tb nunca conheci uma mãe que optasse por isso). Justamente porque os benefícios do aleitamento são enormes e nada justifica privá-los disso se existem condiçõoes para que aconteca.
Agora vou contar minha experiência. Na gravidez eu ja desejava muito amamentar mas tinha uma angustia por não saber se conseguiria pois fiz uma cirurgia de reducão dos seios 7 anos atrás. Nem meu GO nem ninguém poderia dizer se a amamentação aconteceria, somente na hora, na tentativa mesmo, poderia-se analisar se os cortes da cirurgia tinham atingido algum canal importante na glandula mamária.
Bom, o Lucas nasceu e vieram as enfermeiras me ajudar a mostrar a pega ideal do bebê no seio, e de cara ja viu-se que eu teria dificuldades. Chamamos as consultoras de amamentação, que fazem parte da La Leche League e atendem em hospitais também. (nos EUA)
O seguro saúde cobre esses servicos, nesse ponto tive muita sorte porque aqui o apoio e ajuda à amamentação são enormes!

Quando a consultora de amamentaçãao viu que não estava dando certo, bico rachado, sangrando, Lucas chorando e nenhum leite vindo, me olhou com uma cara de dó, como se estivesse com muita pena de mim mesma.
Me sugeriu a leitura do livro “Amamentação apos cirurgia”, abaixo o link para compra na amazon:
http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/0912500867/ref%3Dnosim/kellysattachm-20/102-5540830-6299362 (livro recomendado pela LLL)


Tambem me orientaram a bombear varias vezes por dia e ja instalaram uma bomba eletrica no quarto do hospital e trouxeram todos os apetrechos. Doia muito bombear!!! Mas continuei tentando. Outra coisa foi que como não tinha leite nenhum vindo me orientaram a dar leite artificial na sonda de translactação.
‘E mais ou menos o seguinte: um tubinho bem fininho e longo, uma ponta vai numa seringa com leite artificial e a outra voce 'prega" no seu peito com uma fita. A ponta que fica no seu peito tem que ficar bem no bico, tá! Assim o bebe suga o bico do seu peito e recebe o leite da seringa, ou seja, é alimentado e mesmo assim esta estimulando seu cerebro a produzir leite para seus seios.

Outra coisa que pediram foi que eu anotasse todas as vezes que o Lucas mamasse, fizesse xixi e coco, Todas as vezes que elas chegavam no quarto e viam a tabela ficavam impressionadas que o Lucas passava 1 hora, 2 horas, diretão no meu peito ehhehehe…Bom, depois de muita luta o leite veio, um pouco antes da hora de ir pra casa. E segui, bombeando 2-3 vezes ao dia, tratando os ferimentos com pomada, etc, etc…Prossegui com a amamentação em livre demanda e para alegria tudo deu certo e Lucas mamou exclusivamente no peito por 6 meses, tirando algumas mamadeiras de leite artificial no hospital nos 2 primeiros dias.
Comecei a me apaixonar mais e mais pela questão e hoje em dia sou membra da La Leche League (http://www.lalecheleague.org), defendo a amamentação prolongada pois existem muitos benefícios ainda mesmo depois de 1 ano de idade.
Aqui um link interessantissimo sobre os beneficios da amamentacao prolongada:
http://www.aleitamento.org.br/toddler1.htm (não fúnciona mais)

O principal, em minha opinião, é que a amamentação é uma forma de amor. Uma forma de amor que eu gosto de dar ao Lucas e que ele adora receber."

Hoje Andréia é mãe da Isabela também, que amamentou esclusivamente até os 6 meses e que ainda amamenta!

3.3.09

Relato nº 3


Mãe: Samanta M. CunhaSão Paulo/SP - Brasil



"Na minha primeira gravidez, amamentei exclusivamente por 4 meses. Após orientação do médico, introduzi alimentação sólida. Essa atitude, somada à falta de informação (era 1995 e as campanhas não eram tão fortes como são hoje) e inexperiência (tinha 17 anos), passei a substituir o leite materno por fórmula. Vi com o passar do tempo os efeitos negativos disso: minha filha adoecia muito mais, tinha severas prisões de ventre e passou a usar chupeta, que trouxe prejuízos para sua dentição, fala e respiração. Sem contar o trabalho de lavar e esterelizar a mamadeira de madrugada e a falta de praticidade que era preparar o leite em um passeio, por exemplo.

Onze anos depois, nasceu minha segunda filha. Incentivada por campanhas e amigas que amamentaram ou amamentam seus filhos, tinha toda informação sobre os benefícios para o bebê, mãe e família. Indo mais além, até mesmo para o planeta, uma vez que amamentação é ecologicamente correto. Meu desejo era amamentar exclusivamente por 6 meses e prosseguir por 2 anos ou mais. Tive um parto cesáreo, apesar de desejar parto normal, pois ela estava em posição pélvica. Anestesiada e com muitas dores, não amamentei-a na primeira hora de vida. Quando ela chegou para mamar, não pegou o seio de primeira. Após um tempinho, assim que ela abocanhou o bico, comecei a sentir dores agudas em função das fissuras. As enfermeiras do hospital me alertavam: a pega está incorreta. No terceiro dia, o leite desceu e me deparei com mais uma dificuldade. Uma enfermeira, mais solícita e acolhedora quer as outras, ajudou à mim e a meu marido nos orientando como tirar o excesso de leite, cuidar das mamas e posicionar a pega correta. Ela foi fundamental para a situação não ficar ainda mais difícil em casa, quando voltamos do hospital. Um mês depois de muito sofrimento por causa das fissuras e bico rachados, pensei muitas vezes em desistir de amamentar. O que gerava muita angústia, pois queria muito amamentá-la.

Recebi apoio e orientação de algumas amigas, via internet, que me apresentaram à concha que protege os bicos machucados nos intervalos das mamadas, ajudou bastante. Depois de dois meses, em uma consulta de rotina com o pediatra, saímos apreensivos. O médico, com ar preocupado, alertou para o fato de que minha filha não havia engordado como deveria (estava com o mesmo peso de quando saiu da maternidade). Foi desolador. Chegamos até a fazer exames de sangue e urina para descartar algumas doenças. Me senti impotente e "incopetente" por não dar para minha filha o que ela precisava. Meu marido não falava em leite insuficiente, mas eu percebia seu ar de preocupação e descrença. Aquela situação, entretanto, não me desanimou. No fundo eu sabia que o melhor leite para minha filha era o meu.

Busquei informaçãoes em um grupo virtual de apoio à amamentação de um site de relacionamentos e lá obtive toda informação necessária. Descobri o método de relactação por meio de uma mãe brasileira muito generosa que mora nos EUA e repassava todo apoio e informação que obtinha na La Leache League, além de outras mulheres que, junto com ela, moderavam a comunidade virtual. Com três meses e meio, quando voltamos ao consultório, minha filha ganhava peso à olhos vistos. O médico, desconcertado, disse que ouvira falar de relactação, mas nunca viu nenhuma mãe que tivesse feito. Se não fosse aquele grupo de mães, certamente minha filha não teria sido amamentada. A relactação durou só 1 mês e meio, pois logo minha produção se ajustou à demanda da minha filha.

Hoje, com 8 meses (OBS: relato enviado no verão de 2008) ela é amamentada em livre demanda e se alimenta de sólidos 3 vezes por dia. É um bebê saudável e muito feliz.

Aprendi com isso tudo muitas coisas:-

Que devemos acreditar no nosso corpo.

Não existe leite fraco e os três primeiros meses são mais difíceis mesmo.

Tudo é uma questão de tempo para o corpo da mãe de ajustar às necessidades do bebê e acertar a pega;

- A livre demanda é fundamental para o sucesso da amamentação. E isso requer paciência e dedicação;

- É um aprendizado, tanto para o bebê quanto para a mãe. Devemos estar abertas para esse aprendizado diário;

- Buscar informação e grupos de apoio formado por outras mulheres, que também amamentaram, pode ser mais crucial do que a orientação de alguns profissionais de saúde que não defendem a causa;

- Confiar nos benefícios da amamentação e se informar sobre eles nos deixa mais seguras e protegidas de comentários que desestimulam.

A amamentação aqui em casa é um hábito que se incorporou à rotina da família, de forma natural. Fortalecemos o vínculo mãe-bebê-pai e família. Meu marido está mais confiante e segura da nossa capacidade como cuidadores, após testemunhar minha perseverança. Hoje defende e assegura esse benefício para mim e nossa filha e a irmã mais velha certamente está levando esse aprendizado para quando for sua hora de amamentar."



A Samantha foi uma das mães que respondeu ao meu chamado quando estava querendo editar uma revista eletrônica, projeto que não teve continuidade por falta de ...mão de obra. Eu sou a líder, a divulgadora, a organizadora das reuniões, a blogueira, a idealizadora e vendedora dos produtos para arrecadar dinheiro...(não sou artesã orque sou a negação de trabalhos de artesanato, sic). Mas o projeto descansa num lado da minha mente aguardando o momento certo para pipocar de novo...



Obrigada Samantha!

- por ter acreditado, por não ter desistido e por este lindo depoimento-

2.3.09

Relato nº 2

Relatos da Vanessa, mãe do Mateus:

Somos mamíferos e por isso nossos filhotes devam ser amamentados. Meu filho tem 19 meses e ainda mama.

A amamentação, depois da maternidade foi a melhor experiência que tive. Fui doadora para o Banco de Leite doHRAS por dois meses. Senti-me doando amor e vida para aqueles que precisavam.

Meu filho nasceu nos EUA onde conheci o LLL - La Leche League. Um grupo de apoio para a amamentação. Freqüentei as reuniões durante e depois da gravidez. Foi maravilhoso!

Tive acesso a uma bomba elétrica de ordenha, que me permitia estocar leite para depois. Tinha leite de sobra, mas tive que jogar todo o leite fora, pois nos EUA não se doa leite, comercializa-se através de companhias privadas. Mas foi essa bomba maravilhosa que me permitiu a doação de 500 ml por dia aqui no Brasil.

Agradeço à ONG LLL que me ensinou muito e tenho certeza que também contribui muito com informações sobre o aleitamento materno no Brasil.

Os americanos não se sentem a vontade de ver uma mãe amamentar seu filho em público, na maior parte, isso é proibido. Estou feliz de estar no Brasil, onde me sinto a vontade de amamentá-lo em qualquer hora e lugar. (julho, 2008)

Hoje Mateus tem 2a4m e ainda mama.

1.3.09

Relato nº 1


A partir de hoje, e até o dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, vamos publicar relatos de mães, como primeira etapa de um projeto bem mais ambicioso...


Tatiana, mãe di Sávio, foi a primeira mãe que atendeu a nosso chamado. Vamos ler juntas:


"Não foi facil amamentar, mas valeu e ainda vale a pena. Infelizmente tive cesária e passei um pouco mal no inicio, não tive leite por uns 4 dias, mas como estava decidida a amamentar exclusivamente até os seis meses, não desanimei, chorava de dor com os seios machucados e empedrados, dei dois copinhos de leite nan pro meu filho no 3º e 4º dia a noite e o leite veio enfim. Era pouco e todo mundo me dizia pra dar complemento pra ele, achavam magrinho e que tinha cara de fome, mas eu sabia que não era assim, estava no peso ideal, e isso me confortava, todos adoeceram em casa, até eu, mas ele ficou firme de saúde, vi o quanto compensou ter suportado tudo pra amaentar, meu filho é carinhoso, forte e esperto, nunca teve uma gripe e olha que eu sou descuidada.


Não tive a licença de 6 meses, apesar da lei ja existir, pois ela infelizmente não alcança a todos. Tive que voltar a trabalhar e até tive uma pequena depressão, meu leite diminuiu, mas ainda assim eu nao desisti, tirava as vezes 50ml no trabalho, mas mesmo assim continuei, tirava até de madrugada e nos fins de semana, ja tava com o seio machucado de novo, por duas semanas mandei 3 vezes uma mamadeira de nan para complementar, mas não parei, hoje meu filho já tá com quase 7 meses e ainda tem o leite materno como maior fonte de liquido e eu já consegui voltar ao meu peso de antes da gravidez.
Essas fotos que mandei são as que mais gosto. Ele parece agradecer a cada vez que mama, por eu não ter desistido, e não tem melhor recompensar que esse olhar lindo."



Com certeza Tatiana, o olhar de amor dos nossos bebês é a maior recompensa para uma mãe que enfrentou e/ou enfrenta dificuldades, pressões, criticas.... Parabéns!