27.8.09

Amamentar pode “alinhar” cérebro da mãe com o do bebê

Pesquisa destaca que oferecer o peito à criança pode influenciar na criação de laços afetivos


A maioria das pesquisas sobre amamentação é focada nas vantagens que o leite traz para a saúde do bebê e, mais recentemente, nos benefícios fisiológicos e psicológicos para a mãe. Uma pesquisa recente destaca o mecanismo pelo qual oferecer o peito à criança pode influenciar na criação de laços afetivos: há indícios de que o cérebro da mãe que amamenta é especialmente receptivo aos sinais da criança. A pesquisadora Pilyoung Kim e seus colegas no Centro de Estudos da Criança, da Universidade Yale, usaram ressonância magnética funcional para escanear os cérebros de 20 mulheres expostas à imagem de seus bebês ou ao choro deles. Resultados do estudo feito três semanas depois do parto sugerem que mulheres que amamentam mostram maior excitação das áreas límbicas, do hipotálamo e do mesencéfalo – envolvidas com emoção e motivação – em comparação com mães que ofereciam mamadeira a seus filhos.

Os cientistas acreditam que essa diferença seja marcada pela oxitocina, um hormônio que vem recebendo muita atenção por seu papel nos elos sociais. Amamentar estimula a produção da substância, o que pode aumentar a atenção da mãe para seu bebê. Porém, três ou quatro meses depois do nascimento, a diferença no valor global de atividade cerebral entre voluntárias que amamentaram no peito e as que recorreram à mamadeira era menor. Isso indica que com o tempo a reação da mãe a seu bebê pode depender mais da personalidade, experiência de vida e intensidade emocional da mulher que dos níveis de hormônio.

As áreas mais sensibilizadas do cérebro das “mães de mamadeira” foram outras: a atividade do córtex pré-frontal e outras regiões ligadas a comportamentos sociais e cognitivos aumentaram. Pelo fato de todas as participantes do estudo serem saudáveis e com histórias semelhantes, Kim adverte que padrões específicos de ativação cerebral encontrados neste estudo podem não se generalizar para uma população mais diversa. Os resultados são valiosos, porém, para mães que têm depressão ou problemas causados por fatores ambientais, como a pobreza. A amamentação pode ser um modo de estimular a produção de oxitocina nessas mulheres, favorecendo a relação inicial com seus bebês e, em consequentemente, o desenvolvimento dessas crianças.

fonte: notícia do site "uol" postada pela Nélia na nossa lista de discussão

9.8.09

Pesquisa

Tempo médio de aleitamento materno aumenta de 296 para 342 dias em nove anos
Pesquisa do MS mostra também que, de 1999 a 2008, período de amamentação exclusiva com leite da mãe também cresceu um mês

Levantamento do Ministério da Saúde - feito em todas as capitais e Distrito Federal e em outros 239 municípios e que somou informações de aproximadamente 118 mil crianças – mostra que o tempo médio do período de Aleitamento Materno (AM) no país aumentou um mês e meio: passou de 296 dias, em 1999, para 342 dias, em 2008, nas capitais e Distrito Federal. O estudo também revelou um aumento do índice de Aleitamento Materno Exclusivo (AME) em crianças menores de quatro meses.
Em 1999, era de 35%, passando para 52% em 2008. Outro resultado importante está relacionado com o aumento, em média, de um mês na duração do Aleitamento Materno Exclusivo (AME) nas capitais e Distrito Federal. Em 1999, a duração do AME era de 24 dias e, em 2008, passou a ser de 54 dias – ou seja, mais que dobrou.
Esses e outros dados estão na II Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e DF (PPAM), divulgada nesta segunda-feira (dia 3) durante a Semana Mundial de Amamentação. Entende-se por Aleitamento Materno (AM): a criança recebe leite materno e quaisquer outros líquidos ou alimentos e por Aleitamento Materno Exclusivo (AME) a criança recebe somente leite materno, sem quaisquer outros líquidos ou alimentos, exceto medicamentos.
Na década de 1970, as taxas de mortalidade foram altas no país, muito em função do pequeno período de aleitamento materno – 2,5 meses em média. Entretanto, nos últimos anos, a conscientização dos profissionais e as estratégias de governo têm mudado esse cenário. Essa melhora pode ser atribuída a inúmeros fatores, dentre eles: às campanhas governamentais de incentivo ao aleitamento materno nos três níveis (federal, estadual e municipal); à promoção de cursos (aconselhamento e de manejo clínico da amamentação, entre outros); a uma melhor preparação dos profissionais de saúde; ao crescimento na implantação de bancos de leite humano; às campanhas com a Semana Mundial da Amamentação e ao Dia Nacional de Doação de Leite Humano que contribuem para a mobilização social,à Norma de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso - o Método Canguru; à Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) transformada na lei nacional 11.265 em 2006; e à Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC).
“O Brasil é um dos poucos países onde há uma política nacional de aleitamento materno coordenada no nível federal. E também onde as normas de controle de comercialização dos ditos ‘substitutos do leite materno’ é exemplo para outras nações”, explica Elsa Giugliani, coordenadora da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, do Ministério da Saúde. Tudo isso impacta diretamente em uma maior conscientização da população.
A IHAC, idealizada pela OMS e Unicef para promover, proteger e apoiar a amamentação, foi incorporada pelo MS em 1992 e, desde então, com o apoio das secretarias estaduais e municipais, tem capacitado profissionais, realizado avaliações, reavaliações e estimulado a rede hospitalar para o credenciamento dos hospitais, que se tornam referência em amamentação para seu município, região e estado.

BOM DESEMPENHO -Belém é a capital com o maior índice de aleitamento materno exclusivo em crianças menores de 6 meses; Macapá apresenta a maior duração de aleitamento materno; Campo Grande é quem mais avançou nos índices de aleitamento materno exclusivo; e São Luis, por sua vez, tem os melhores dados de aleitamento materno na primeira hora de vida. Essas capitais serão homenageadas por seus indicadores positivos e receberão um diploma por seu desempenho.
“A ideia é que esses dados forneçam subsídios para o planejamento e avaliação da Política Nacional de Aleitamento Materno em todas as esferas de gestão. Além disso, poderá orientar ações de grupos e organizações não-governamentais que atuam na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno”, explica Lilian Córdova do Espírito Santo, assessora para Assuntos Relacionados ao Aleitamento Materno, da Área Técnica de Saúde da Criança.

Veja os principais resultados da pesquisa:
ALEITAMENTO MATERNO
Desde a implantação do Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno, no início da década de 1980, os índices de aleitamento materno vêm aumentando gradativamente. Quando comparada à situação em 1999, a duração de Aleitamento Materno (AM), em média, aumentou um mês e meio, passando de 296 dias para 342 dias, em 2008. A média nas capitais passou de 42,2% (1999) para 58,7% (2008).
Fortaleza foi a capital onde houve maior incremento percentual de crianças amamentadas no final do primeiro ano de vida. Os aumentos mais expressivos ocorreram nas regiões Norte e Nordeste e a menor modificação foi na região Sul.

Para ler os resultados completos da pesquisa acesse ao site www.aleitamento.com na página:
http://aleitamento.com/a_artigos.asp?id=1&id_artigo=2067&id_subcategoria=1

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7.8.09

Sobre a SMAM no DF...

"A Abertura da Semana Mundial da Amamentação no Distrito Federal foi realizado no Parque da Cidade com o comparecimento de mães, bebês, crianças, pais, avós e profissionais de saúde. Houve presença do Governador Arruda, Primeira Dama Flavia e a filha Maria Luiza de 9 meses. Apresentações musicais, shantala, pintura de rosto, brinquedos para as crianças maiores, informações de amamentação, orientação de ginecologistas, nutricionista, pastoral da criança, Corpo de Bombeiro Militar, Banda da Policia Militar, Massagem para os adultos, Rotary Clube Taguatinga Norte com pipoca e algodão doce para as crianças foram algumas das atividades realizadas no evento.
O grupo musical "Fazendo Saúde com Alegria" do PSF Veredas 1 de Brazlândia apresentou 4 musicas de amamentação inéditas que foram um sucesso. Conseguimos implacar a importância da Amamentação : Até nas emergências a melhor opção.
O Governador Arruda fez elogio em publico a todos funcionários de Banco de Banco de Leite Humano do Distrito Federal, por sua dedicação e apoio a amamentação no DF.
Várias atividades serão realizadas nas regionais de saúde no decorrer da Semana.
O evento foi uma parceria com a Coordenação para Assuntos da Mulher da Secretaria de Justiça do DF."

fonte: Comissão Distrital de Banco de Leite Humano