27.12.08

Mensagem de Natal do Dr. Luís A. M. Tavares

Meu amigo neonatologista e poeta Luís A. M. Tavares compôs um lindo poema "Mensagem de Natal" dedicado aos bebês e às mães da UTI neotal onde trabalha em Campos de Goytacazes no Estado do Rio de Janeiro.
Depois o transformou em um delicado vídeo-poema do qual transpare toda a amorosidade que ele coloca no seu trabalho. Amigas, não deixem de assistí-lo clicando neste link:

http://www.youtube.com/watch?v=B16SgxOSprA

Qualquer comentário que vocês quiserem fazer, eu vou repassar ao dr. Luís... que trabalha com amor, que escreve com amor e com amor divulga seus versos.

Luís A.M.Tavares

26.12.08

O quê responder quando alguém pergunta...

..."Você ainda amamenta?" Pode responder:

"Sím, que lindo o amor, não acha?"

"Amamento. Não é fantástico? Estou tão feliz que ele (ou ela) não tenha pressa de crescer..."

"Você está surpresa? Eu também!"

"Sím: ele (ela) apóia de verdade o aleitamento materno. Estou tão orgulhosa dele (a)!"

"Todo mundo faz a mesma pergunta! É tão bom saber que muita gente se interessa por nós!"

....................................

feliz natal e um m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o 2009!


FELIZ NATAL! MARAVILHOSO 2009!


A TODAS AS MÃES E AOS BEBÊS QUE ESTE ANO PARTICIPARAM ÀS REUNIÕES DE LA LECHE LEAGUE BRASILIA ... ÀS TODAS AS MÃES QUE SE JUNTARÃO A NÓS EM 2009 E A TODAS AS MULHERES QUE ACREDITAM QUE O LEITE HUMANO É O MELHOR INÍCIO PARA SEUS BEBÊS...

... ASSIM COMO A TODOS OS PAIS QUE APOIAM SUAS MULHERES NESTE CAMINHO.



TEM ALGO QUE NOS RECOMPENSE MAIS DO QUE O SORRISO DE UM BEBÊ?

22.12.08

Enxoval de amamentação ????


Dica da Dra. Ana Júlia Colameo, pediatra de S. Paulo e minha amiga, sobre o enxoval de amamentação...


"Sempre que mulheres gestantes me perguntam sobre o que levar para a maternidade, coloco um "enxoval" pró amamentação:

Muita vontade de amamentar na primeira hora de vida (insistir com a equipe médica, se for necessário)

Camisola aberta na frente até o umbigo, para favorecer o pele a pele e a amamentação

Calcinha grande e larga para caber aquele absorvente grandão e ela poder se mexer melhor...

Não se incomodar com sutiã porque o melhor mesmo é tirar ele para amamentar...e levar uma camisa do maridão (ou papai) abotoada na frente pra ir pra casa..."


Nada de chupeta, nada de mamadeira, simplesmente fantástico! Parabéns Dra.!


...e vcs acrescentariam algo mais ao enxoval da amamentação? escrevam para dar suas sugestões!

7.12.08

ULTIMA REUNIÃO DE 2008 EM BRASÍLIA

O nosso ultimo encontro de 2008 (ontem, 06.12.08) foi bem gostoso e animado. Alem de novas mães, tivemos a participação de três pais muito interessados e atenciosos. Apesar do assunto ser a introdução dos alimentos complementares, a conversa foi muito variada e abordamos questões como ingurgitamento, sono, volta ao trabalho, creche, etc. A idade dos bebês também variava de 1m até 2a2m.
Todas nos surprendemos com o crescimento do Adriano, o caçula da reunião de outubro (7 dias!) e mamãe Thaís, cheia de dúvidas em outubro, nos contou que tudo correu tranquilo depois de ter participado da reunião e ter escutado os relatos de quem estava presente. Mais uma vez o apóio mãe-para-mãe foi uma grande ajuda para o exito da aleitamento materno.

Teve a confraternização de fim de ano com um super-lanche, venda dos calendários, sorteio de um livro... e os votos de nos re-encontrarmos em fevereiro para compartilhar mais e mais sentimentos e experiências. Aqui algumas fotos:


Kalel dormindo nos braços do pai

Luciene e Luigi

Soraia e Daniel

Thaís e Adriano




Bernardo, Sol e Sílvia

MÃES, PAIS E BEBÊS DO DF: ...ATÉ FEVEREIRO DE 2009 !!

1.12.08

Ultimo Encontro de 2008 - Confraternização de Natal

Queridas mães e grávidas do DF.

Estou convidando todas vcs com seus filhotes para participar da última reunião de 2008 neste sábado, 06/12/2008, à tarde, das 15h00 a 17h00 no Espaço Acalanto – SRTV – Qd. 01 - Ed. Embassy Tower – sala 425.

Além de ser nosso último encontro, vamos fazer nossa confraternização de Natal, sortear um brinde, vender os calendários de 2009 para arrecadar o dinheiro para o funcionamento do grupo além de discutir algumas propostas para 2009. Lembro que as mães que mandaram as fotos receberão um exemplar gratuitamente. Como sempre a entrada é gratuita e será bem-vinda a participação dos pais.
Peço a gentileza de confirmar a presença escrevendo ao e-mail: francescaromana99@yahoo.com.

Muito obrigada!

21.11.08

Calendário La Leche League Brasília 2009!


Amanhã, 22/11/2008, dia da reunião do mês de novembre será lançado o calendário 2009, vendido por R$ 10,00 com a finalidade de continuar arrecadar verbas para abrir a ONG "La Leche League Brasília - Liga para o Aleitamento Materno". Agradeço de coração as mães que enviaram as fotos, cada uma dela é citada no calendário...

25.8.08

As nossas reuniões





Em 19 de julho último aconteceu o primeiro encontro do 2º semestre deste ano.

Aproveitando da época da seca, foi escolhido para reunirmos o Parque Olhos D'Água, bem conhecido aqui na capital federal. À reunião participaram Vanessa e seu Mateus (o "teteu"), Sílvia e Bil com o Bernardo e os pais de Giulia e Luca, isto é, Francesca e Massimo.

Enquanto conversamos sobre os grupos de apoio e a importância das trocas entre as mães, Mateus quis experimentar um lanche ao sabor de terra mas deixou claro que não gostou. Os outros preferiram experimentar os biscoitos, as támaras, tomar suco de soja e água de côco.

Vanessa contou mais um pouco das reuniões de LLL em Boston e Sílvia dos hábitos do Bernardo. Conversamos também sobre a Semana Mundial do Aleitamento Materno, seu significado, sobre a Declaração dos Innocenti, a WABA e, enfim, sobre o tema celebrado este ano (o apoio).

Foi muito agradável! Todavia lamentamos ser poucas...tomara que outras mães se juntem a nós na próxima reunião.

A próxima reunião será este sábado, dia 30/08 no mesmo local. O tema será:


Por que amamentar o meu bebê ?


Espero vocês!

23.7.08

Hormônio da "confiança" !

Cientistas da Universidade de Warwick, na Grã-Bretanha, mostraram pela primeira vez como um hormônio da "confiança" é liberado no cérebro da mãe durante a amamentação.

A pesquisa, realizada em colaboração com outras universidades e institutos de Edimburgo (Escócia), França e Itália, apresenta mais provas de que a amamentação promove uma maior ligação entre mãe e bebê através de um processo bioquímico.
Segundo a equipe da Universidade de Warwick já se sabia que o hormônio oxitocina era liberado durante a amamentação, mas o mecanismo no cérebro para esta liberação ainda não tinha sido desvendado.
A oxitocina é produzida no hipotálamo, a parte do cérebro que controla a temperatura corporal, sede, fome, cansaço e a raiva. E também foi provado que a oxitocina promove os sentimentos de confiança e a redução do medo.
O hormônio também produz as contrações durante o parto e causa a liberação do leite nas glândulas mamárias.
O estudo foi divulgado na publicação científica PLoS Computational Biology.
Neurônios
Segundo a pesquisa, em resposta à amamentação, neurônios especializados no cérebro da mãe começam a liberar o hormônio.
Entretanto, a oxitocina é liberada de uma parte do neurônio chamada dendritos que, geralmente, recebe ao invés de transmitir informações.
Com o uso de um modelo matemático, os pesquisadores descobriram que esta liberação, a partir dos dendritos, permite um grande aumento na comunicação entre neurônios, coordenando um "enxame" de fábricas de oxitocina, o que produz explosões intensas dos hormônios.
Este é um exemplo de um "processo emergente" - uma ação coordenada que se desenvolve sem uma liderança, em um processo parecido com um enxame de insetos.
"Sabíamos que estes pulsos aumentam, pois, durante a amamentação, os neurônios que disparam a oxitocina fazem isso juntos, em explosões sincronizadas", afirmou o líder do estudo, professor Jianfeng Feng.
"Mas descobrir exatamente como estas explosões eram desencadeadas era um grande problema sem explicação."
"O modelo nos dá a possível explicação de um evento importante no cérebro que pode ser usado para estudar e explicar muitas outras atividades cerebrais parecidas", acrescentou.

from BBC Brasil (18/07/2008)

22.7.08

DR. Carlos González 5

O problema das alergias

Outra razão para uma criança se recusar a comer é que determinados alimentos a fazem se sentir mal. Alergia alimentar pode ser perigoso. A experiência de Isabel nos mostra que a dificuldade em reconhecer os primeiros sintomas pode levar ao desmame precoce e também ao agravamento do problema:


"Eu sou mãe de uma bebê de 7 meses que vinha sendo amamentada até agora. No começo, tudo estava indo muito bem e se dependesse de mim ela seria amamentada por muito mais tempo. Parecia que ela queria o leite que fluía rápido, mas ela mamava 5 minutos e começava a chorar. Amamentar passou a ficar muito difícil nos últimos três meses. Mas eu tinha certeza de que era o melhor para ela e insistia na amamentação, até que eu não pude mais mantê-la. Decidi, então, por desmamá-la. Eu achava que a amamentação deveria ser prazeirosa para mamãe e bebê, mas eu não podia ver mais minha filha sofrendo a cada mamada.Quando eu introduzi a primeira mamadeira de fórmula, fiquei assustada ao ver as manchas vermelhas que surgiram em seu rosto após cinco minutos. Eu tive que continuar a amamentar a minha filha por mais algum tempo enquanto o médico realizava alguns exames de alergia."



Os testes, como era esperado, deram positivos. Os sintomas que a filha de Isabel apresentava durante a amamentação eram uma clara indicação de uma alergia ainda não diagnosticada. Sem a percepção do que deveria ser feito, quando o diagnóstico foi confirmado, ninguém explicou a Isabel a razão do comportamento de sua filha durante a amamentação.



Muitas mães dizem que seus bebês "rejeitam o peito". Um bebê que vinha mamando bem há alguns dias ou semanas, de repente passa a mamar por 5 minutos e então começa a chorar. Isto pode ser atribuído a duas causas diferentes:

A) Um bebê começa a mamar de forma feliz. Alimenta-se, ficando satisfeito, em cinco minutos ou menos, pára e fica saciado. Se a mãe achar que esse bebê precisa mamar pelo menos 10 minutos, ela achará que esse bebê não mamou o suficiente, e tentará amamentá-lo mais. O bebê vai ficando chateado por ser forçado a comer.



B) Um bebê começa a mamar mais ou menos feliz, mas mostra-se desconfortável, até que deixa o peito chorando. Algumas mães dirão: "É como se o leite machucasse seu estômago, então ele chora de dor." Uma excelente explicação para o que realmente está acontecendo.



A primeira situação é totalmente normal, e corresponde a uma diminuição na necessidade da alimentação que acontece à medida que a criança cresce (como explicarei mais tarde, ver "A crise dos 3 meses"). Não há nada a fazer, além de reconhecer que a criança está satisfeita e não insistir mais no peito. Se o bebê é forçado a mamar no peito, é bem provável que com o passar das semanas ele desenvolva alguma aversão ao peito e pode começar a chorar até mesmo antes de o peito ser oferecido, o que ficará mais difícil distinguir a situação A da B. Mas se você pensar no passado, você poderá ser capaz de lembrar como as coisas começaram e descobrir que se trata de um caso como a situação "A".



Na segunda situação, está claro que a causa é alguma alergia ou intolerância a algum alimento ou medicamento que a mãe está ingerindo. E quase sempre o culpado é o leite de vaca, embora também possa ser peixe, ovos, soja, frutas cítricas ou outros alimentos. Isto foi o que aconteceu com a filha de Isabel. Se, naquele momento, Isabel tivesse eliminado todo leite de vaca de sua dieta, ela teria poupado muitas lágrimas e sofrimento, a reação alérgica que sua filha teve com a primeira mamadeira de fórmula, o desnecessário desmame, e todas as dificuldades em alimentar um bebê alérgico com fórmulas hipoalergênicas (que além do alto custo, tem gosto ruim, o que faz o bebê recusá-las muitas vezes).

Por que a filha de Isabel choraria após 3 minutos no peito? Algumas proteínas do leite de vaca (assim como as proteínas de qualquer alimento que a mãe coma) podem passar para o leite. É claro que a quantidade é pequena e é raro que haja uma reação generalizada, como as manchas vermelhas espalhadas pelo corpo, como aconteceu com a primeira fórmula de mamadeira. Geralmente, a reação ocorre apenas onde há contato: no esôfago, no estômago e no intestino da criança. Em poucos minutos há uma inflamação e um desconforto nesses lugares. E a mãe não verá nada, mas a criança sentirá, porque dói!



Se seu filho apresentar sintomas parecidos com os da filha de Isabel e durante a amamentação começar a chorar, como se estivesse doendo (e especialmente se você estiver observando eczemas ou irritações na pele) você deverá fazer um teste para alergia à leite de vaca. Para fazer isso, a mãe deve manter a amamentação e remover todo leite e derivados e todos os produtos que levam leite e derivados de sua dieta. Torne-se uma especialista em leitura de rótulos e elimine qualquer coisa que contenha leite na fórmula. Pães, algumas sobremesas, chocolates, e algumas comidas processadas, margarinas, etc.



Você terá que esperar de 7 a 10 dias sem comer ou beber qualquer produto com leite de vaca. O resultado não será imediato; as proteínas do leite de vaca já foram encontradas no leite materno até 5 dias após ter cessado totalmente o consumo de leite na dieta da mãe. Não substitua o leite de vaca por leite de soja, uma vez que este é tão alergênico quanto o primeiro.

Se após 10 dias, os sintomas de seu filho não desapareceram, ele provavelmente não é alérgico à leite de vaca ou é alérgico a outros alimentos também. Você pode tentar retirar da dieta peixe e ovos. Se os sintomas não estão melhorando e você não deseja perder muito tempo, elimine leite e derivados, ovos, peixe, soja, e qualquer outro alimento que você suspeite e depois adicione um de cada vez de volta à dieta. Algumas crianças são alérgicas a dois ou mais itens e eles só melhoram quando a mãe elimina todos de sua dieta ao mesmo tempo. Uma vez conheci um bebê que era alérgico à leite de vaca e a pêssegos. A mãe notou que quando parou com o leite de vaca, mas começou a tomar suco de pêssegos, seu filho não melhorava.



Se os sintomas melhoraram após retirar leite de vaca e derivados da sua dieta, pode ter sido apenas coincidência. Reintroduza o leite de vaca para ver o que acontece. Mas não faça isso devagar, uma vez que os sintomas possam ser leves e você não perceberá. Beba dois copos de leite em um dia e se nada acontecer, seu filho não é alérgico à leite. A melhora foi coincidência e é melhor deixar isso para lá. Algumas vezes, algumas mães são advertidas a eliminarem leite e derivados de sua dieta, como se o leite de vaca fosse o culpado de todos os choros, eczemas, e narizes entupidos e a mãe perde meses ou anos sem beber nada de leite desnecessariamente.





Se após a reintrodução de leite de vaca, seu filho apresentar os mesmos sintomas, você tem a prova da alergia. Esteja pronta para amamentar o maior tempo possível, preferencialmente até 2 anos ou mais, e não dê a seu filho nada de leite ou derivados. Se a criança é muito alérgica, e a menor quantidade através do leite materno já causa problema, dar leite diretamente ao bebê, pode trazer reações muito mais severas.

Nem todas as crianças alérgicas são tão sensíveis ao ponto de reagirem sempre a qualquer alimento que a mãe coma que leve leite de vaca ou outro alergeno. Para determinar a alergia é muito importante ser bastante restrita a fase inicial, para que se possa ter certeza. Mais tarde, talvez você poderá consumir alguns produtos sem que seu filho reaja negativamente. É possível que quanto maior o controle com que sua mãe faça da dieta, mais rápido a criança melhore da alergia, embora isso possa não acontecer sempre.



Se você acha que o leite de vaca e derivados estão afetando seu filho, converse com seu pediatra; ele poderá fazer outros testes para alergia. E não tente dar ao seu filho qualquer produto que contenha leite ou derivados até nova ordem. Avisar os membros da família e a criança pode facilitar. Crianças costumam melhorar da alergia ao leite de vaca, geralmente, por volta dos 18 meses, mas alguns casos de reintrodução dos laticínios podem precisar de orientação médica, e algumas vezes serem feitas até em hospital.

Do livro My Child won´t eat, do Dr. Carlos González. Traduzione por Fernanda Mainier Hack.

***
Com o post estamos terminando a série dedicada ao dr. González. Espero os comentários de vcs leitores!

16.7.08

Dr. Carl González 4

Introdução de Sólidos

Os conflitos entre a mãe o filho durante a amamentação ou uso de mamadeiras podem ser terríveis, mas ainda bem que são pouco freqüentes. A introdução de alimentos sólidos é uma oportunidade nova de perigo e devemos trilhar este caminho com cuidado.

Para esclarecer, quando mencionamos “sólidos”, não nos referimos apenas aos alimentos oferecidos ao bebê com uma colher. Usaremos o termo para referir-se a qualquer comida além de leite humano ou leite modificado, mesmo água, chá ou comidas duras como biscoito.

Muitas mães encontram-se sobrecarregadas de informação a respeito de regras, grandes, pequenas e médias envolvendo alimentação de bebês. Elas recebem conselhos de pediatras e enfermeiros, algumas informações muito mais complexas e detalhadas que aquelas dadas pelos especialistas famosos, palpites de família e amigos, bem como as “conversas de comadre” que alertam sobre evitar comidas “reimosas” ou “incompatíveis”.

Incapaz de seguir todas as regras ao mesmo tempo, muitas vezes a mãe opta por rejeitar todas e fazer somente aquilo que ela quer. O risco é de que ela ignore as recomendações realmente importantes. Para evitar tal problema, vou diferenciar claramente entre as opções onde há um grau de consenso em relação à sua importância (baseadas numa combinação de normas internacionais) e aquelas sugestões que parecem úteis, embora outros profissionais possam ter opções diferentes.

Pontos Importantes
Tenha em mente os seguintes pontos, embora eles não devam ser tomados como dogma:
1. Nunca force uma criança a comer.
2. Amamente exclusivamente até 6 meses (sem papinhas, suco, água, chás, etc.).
3. Aos 6 meses, comece (sem forçar) a oferecer outros alimentos, sempre depois da mamada ao seio. Bebês não amamentados devem tomar 500ml de leite artificial por dia.
4. Introduza os alimentos um de cada vez, esperando uma semana entre comidas novas. Comece com quantidades pequenas.
5. Ofereça alimentos que contêm glúten (trigo, aveia, centeio) com precaução.
6. Quando cozinhar para o bebê, escorra bastante o alimento, evitando encher a barriga dele com água.
7. Espere até 12 meses de idade para introduzir alimentos altamente alergênicos (especialmente laticínios, clara de ovo, peixe, soja, amendoim e muitas outras comidas que já causam alergia em membros da família).
8. Não acrescente sal ou açúcar aos alimentos.
9. Continue amamentando por 2 anos ou mais.

Em algumas situações pode-se introduzir sólidos antes de 6 meses (mas nunca antes de 4): quando a mãe trabalha, por exemplo. Ou quando a criança claramente pede para ser alimentada agarrando o alimento e colocando-o na boca sozinha.

“Oferecer” significa que, se ele quiser comer, o bebê come, mas se não quiser, não come. Muitas crianças recusam tudo menos o seio até 8 ou 10 meses, muitas vezes mais.

Alimentos sólidos são oferecidos depois da amamentação, não antes, e certamente não em substituição à amamentação. Somente assim você tem certeza de que seu bebê tomará o leite de que precisa. Acredita-se que entre 6-12 meses, o bebê precise de cerca de 500 ml de leite por dia. Claro que isso é uma média, muitos tomam mais e outros ficam bem com menos. Uma criança que toma mamadeira pode facilmente ficar bem com 2 mamadeiras de 250 ml ao dia. Não é razoável, porém, esperar que um bebê amamentado tome 250 ml a cada 12 horas; os seios da mãe ficariam desconfortavelmente cheios. Faz mais sentido para bebês amamentados tomar 100 ml cinco vezes por dia, ou 70 ml sete vezes por dia. Certamente você não sabe (ou não sabia antes de iniciar os sólidos) quanto leite seu bebê mama; mas se ele é amamentado antes da oferta de sólidos, você fica tranqüila sabendo que ele mama o que precisa.

Que comidas devo oferecer primeiro?

Não importa. Não há base científica que suporte a recomendação de um alimento antes de outro. Se você oferecer frutas primeiro, seguidas por cereal, depois frango, você estará seguindo as orientações da ESPGAN (Sociedade Européia de Gastroenterologia e Nutrição Pediátricas). Mas se você der frango, depois legumes e cereais por último, também estará dentro das normas.

Digamos que você decida começar com banana amassada. Depois da amamentação, ofereça ao bebê uma ou duas colheres. No primeiro dia é sempre melhor oferecer só um pouquinho, ainda que ele aceite bem. Se ele recusar a primeira colherada, não insista, mas continue oferecendo a cada um ou dois dias. Se ele aceitar bem, você pode aumentar a quantidade a cada dia. Depois de uma semana, você pode tentar outro alimento, como batata doce ou abacate. Na semana seguinte, pode oferecer um pouquinho de arroz. Cozinhe arroz (melhor ainda, cozinhe até virar papa), sem adicionar sal. Você pode adicionar azeite (ficará mais saboroso e terá mais calorias).

Esta ordem é só um exemplo, você pode inverter, se quiser. Claro, se alguma das comidas causar diarréia ou outros sintomas, ou se o bebê rejeita veementemente, é melhor esperar algumas semanas. Se uma reação mais severa é observada, como uma vermelhidão na pele, consulte o pediatra.

Também não é necessário introduzir uma comida nova a cada semana. Variedade significa um pouco de cereais, um pouco de legumes, um pouco de frutas – mas não é vital que o bebê coma muito de cada grupo. Maçãs não possuem nada diferente das peras e a maioria dos adultos vive bem comendo apenas dois tipos de cereal: arroz e trigo, deixando o resto para o gado. Se seu filho já come frango, você não estará acrescentando nada ao oferecer novilha. Antes de 1 ano, a introdução de muitos alimentos diferentes somente significa comprar mais bilhetes para a loteria da alergia.

A razão principal de oferecer outros alimentos ao bebê com 6 meses (e não depois) é que alguns bebês precisam de ferro extra. Portanto, seria lógico que comidas ricas em ferro fossem introduzidas primeiro. Por um lado, há carnes com alto teor de ferro orgânico altamente biodisponível. Por outro, há legumes, leguminosas e cereais que contêm ferro inorgânico, mais difícil de ser absorvido a menos que esteja combinado com vitamina C. É por isso que muitos adultos comem a salada primeiro (rica em vitamina C), depois os grãos e legumes, com a sobremesa por último. O que é comumente feito com bebês na Espanha não é uma idéia muito boa, oferecendo a eles somente grãos numa refeição, legumes na outra e fruta na próxima. Quando seu bebê ingere muitos alimentos, é uma boa idéia combiná-los , oferecendo-os numa mesma refeição (não batendo todos juntos no liquidificador) ao invés de fazer menus monocromáticos (“hora do cereal”).

E se ele não quer comer comida de bebê?

Não se preocupe, isso é totalmente normal. Não tente forçá-lo. Você talvez tenha sido aconselhada a oferecer sólidos antes do peito, assim ele estará com fome suficiente para comer. Isso não faz o menor sentido, uma vez que o leite materno nutre muito mais que qualquer outro alimento. É por esta razão que usamos o termo “alimentação complementar”. Sólidos não são nada mais que um complemento ao leite materno. Se seu bebê mama e depois rejeita frutas, nada acontece; mas se ele aceita fruta e depois não mama, ele sai perdendo. Mais fruta e menos leite é uma receita para perda de peso.

O mesmo vale para leite artificial. Lembre-se de que se você não está amamentando, você precisa dar ao bebê meio litro de leite diariamente até que ele tenha 1 ano de idade. Não é bom negar o leite para que ele coma mais.

Do livro My Child Won't Eat, Dr. Carlos González. Tradução de Flávia Mandic

14.7.08

DR. Carlos González 3

A Crise dos 3 Meses

"Por volta de 2-3 meses de idade, alguns bebês tornam-se tão eficientes na mamada que são capazes de mamar tudo o que precisam em 5 ou 7 minutos, algumas vezes em 3 minutos. Se ninguém disso isso para a mãe e ela espera que a criança fique no seio por ”pelo menos 10 minutos”, ela vai achar que seu filho não está mamando o suficiente, como esta mãe aqui:

Eu tenho uma filha de 4 meses. Meu problema é que não sei se ela está mamando o suficiente. Ela passa somente 3-4 minutos no peito e eu fico com receio de que ela não está mamando leite suficiente. Quando ela tinha 2 meses, ela mamava por 10 minutos de um lado e 5 do outro e ganhava peso rapidamente; agora ela está caindo na curva de crescimento.

Eu também notei que meus seios não enchem mais como antes, eles chegavam até a vazar!


O que mais me intriga é que nos primeiros 2 minutos ela engole muito leite, bem rápido e depois começa a tirar a boca do peito e a colocar novamente, sem ficar quieta. Eu tenho que alternar os lados e tentar posições diferentes para ela mamar ao menos 10 minutos. Eu me pergunto se ela faz isso porque ainda está com fome.


Outra coisa que me preocupa é que ela está mamando mais vezes, especialmente de noite. Ela dormia 5-6 horas seguidas de noite, agora dorme no máximo 3-4 horas, até menos.


O pediatra me disse que eu posso começar a dar leite artificial na mamadeira. Já tentei, mas ela não aceita, mesmo que outra pessoa ofereça a mamadeira.

O caso desta mãe ilustra bem a crise dos 3 meses de idade:

1. O bebê que mamava 10 minutos agora termina em 5 minutos ou menos.
2. Os seios, antes cheios e pesados, agora estão macios e “vazios”.
3. O leite não vaza mais.
4. O ganho de peso do bebê diminui.


Tudo isso é absolutamente normal. O ingurgitamento das mamas nas primeiras semanas pós-parto não tem nada a ver com a quantidade de leite produzida e sim com uma inflamação temporária que acontece no início da lactação. Mamas cheias e vazamento são problemas iniciais, que desaparecem assim que a amamentação está estabelecida.


E a diminuição no ganho de peso, claro, é esperada. Os bebês ganham menos e menos peso a cada mês que passa. É por isso que as curvas de crescimento são curvas e não retas. Entre 1 e 2 meses, uma menina amamentada ao seio ganha tipicamente 400g a 1,3 kg, com a média sendo um pouco acima de 800g. Eliminamos o primeiro mês, porque sempre há perda de peso e depois ganho, o que faz a conta final muito variável. SE o bebê fosse continuar ganhando peso neste padrão, em 1 ano ganharia 5 a 15 kg, com média de 10 kg. Na realidade, durante o primeiro ano de vida, meninas ganham entre 4,5 a 6,5 kg, com a média sendo 5,5kg. Em outras palavras, uma menina que ganhou 500g no primeiro mês de vida (alguns podem achar muito pouco, mas na realidade é normal) ganhará menos peso eventualmente. Todos os pesos são medidas aproximadas. Meninos geralmente ganham um pouco mais que meninas.

Claro que o bebê da mãe do exemplo não aceitou a mamadeira com complemento; ela não estava com fome. Infelizmente nem todos os bebês mostram tal controle e, algumas vezes, especialmente se a mãe insiste muito, eles tomam a mamadeira mesmo sem estarem com fome.

Se alguém tivesse explicado a esta mãe o que estaria para acontecer no terceiro mês, ela não teria se preocupado. Mas a mudança inesperada deixou-a insegura. Mesmo assim, se ela estivesse confiante na própria habilidade para amamentar, ela não teria se estressado. A explicação mais lógica para todas as mudanças é “eu tenho tanto leite que minha filha fica cheia em 3 minutos”. Mas o medo do fracasso na amamentação é tão incutido em nossa sociedade, que não importa o que acontece, a mãe sempre pensa (ou é convencida a pensar) que ela não tem leite suficiente.

A mãe também se preocupa com outro mito moderno: que as crianças, na medida em que o tempo passa, aprender a dormir mais. Na realidade, as crianças passam mais tempo acordadas quando vão crescendo. É verdade que um dia elas dormirão mais horas seguidas e vão começar a dormir a noite inteira, mas dificilmente isso acontece aos 4 meses de idade. Entre o nascimento e 4 meses de vida, é mais provável que você observe seu bebê dormindo menos. Muitos bebês mamam várias vezes por noite durante os primeiros anos de vida (o que é muito mais fácil que preparar mamadeiras de madrugada, especialmente se o bebê dorme na mesma cama que a mãe).

A mãe do exemplo já começou a forçar a filha a comer. É um beco sem saída. É fácil deduzir que, a menos que a mãe decida mudar radicalmente seus hábitos, a introdução de sólidos será uma luta."

Retirado, na íntegra, de My Child Won't Eat, do pediatra Carlos González, recomendado pela La Leche League. Tradução Flávia Mandic

13.7.08

DR. Carlos González 2

Amamentação a La Carte
Amamentação em intervalos pré-determinados é um mito. Houve um tempo em que se pensava que bebês deveriam mamar a cada 3 horas, ou a cada 4 horas e por exatamente 10 minutos de cada lado! Você já se perguntou o porquê de 10 minutos e não 9 ou 11?



Claro, adultos nunca comem por “10 minutos em cada prato a cada 4 horas”. Quanto tempo a gente leva para terminar o prato? Isso depende do quão rápido a gente come. É o mesmo com bebês. Se eles mamam rápido, podem gastar menos que 10 minutos, mas se mamam devagar, podem gastar bem mais.



Os adultos comem em horários pré-determinados somente porque as obrigações de trabalho forçam-nos a organizar suas refeições desta forma. Normalmente, nos dias de folga, a rotina usual é mudada sem qualquer dano à saúde. Contudo, ainda existem pessoas que acreditam que os bebês precisam ser acostumados a mamadas de horário e fazem referências vagas à disciplina ou boa digestão.



Para um adulto, a comida pode esperar. Nosso metabolismo permite que esperemos por uma refeição e a comida é exatamente a mesma agora ou daqui a uma hora. Mas seu bebê não pode esperar. Sua fome é urgente e a comida dele muda se a refeição se atrasa. O leite humano não é um alimento morto, mas uma matéria viva em constante processo de mudança. A quantidade de gordura no leite aumenta à medida que a amamentação progride. O leite do início da mamada tem baixo conteúdo gorduroso e o leite do final é altamente rico em gordura; chegando a ser 5 vezes mais gordo.

A média de gordura em qualquer mamada depende de quatro fatores:
1. Intervalo da mamada anterior (quanto maior o intervalo, menor a quantidade de gordura);
2. Concentração de gordura no final da mamada anterior;
3. Quantidade de leite ingerido na última mamada;
4. Quantidade de leite ingerido nesta mamada.

Quando a criança mama os dois seios, ela raramente esvazia o segundo seio. Para simplificar, basta dizer que ela toma 2/3 de leite desnatado e 1/3 de creme de leite. Contudo, a criança que mama somente um seio por mamada toma ½ leite desnatado e ½ creme de leite. Se ela toma um leite menos gordo (menos calórico), ela pode aceitar grandes volumes e consumir mais proteínas. Então o bebê que mama 50 ml de cada seio não mama o mesmo que um que toma 100 ml de um seio só; e a dieta do bebê que toma 80 ml a cada 2 horas é totalmente diferente da dieta do bebê que toma 160 ml a cada 4 horas.

Os fatores que controlam a composição do leite ainda estão sendo estudados e ainda não se sabe muita coisa. Por exemplo, sabe-se que um dos seios geralmente produz mais leite, com maior concentração de proteínas que o outro. Talvez seja só coincidência ou talvez seu filho decida isso, dando preferência a um seio em relação ao outro, escolhendo uma refeição com mais ou com menos calorias.

E você pensou que seu bebê mamasse sempre o mesmo leite? Você pensava que era entediante passar meses e meses tomando somente leite? Isso não é verdade com o leite materno. Seu bebê tem à disposição dele um grande cardápio para escolher, desde sopa leve a uma sobremesa bem cremosa. Uma vez que o seio não fala (nem pode entender o bebê), o bebê faz seu pedido de 3 formas:



1. Pelo tanto de leite que ele toma a cada mamada (mamando por um longo ou curto tempo e com mais ou menos intensidade);
2. Pelo intervalo entre uma mamada e outra;
3. Mamando um ou os dois seios.





O que seu bebê faz quando mama para obter exatamente o que ele precisa de um dia para o outro é uma obra de engenharia. O bebê tem total e perfeito controle da sua dieta, desde que ele possa mudar as variáveis de acordo com seu desejo. É isso que a livre demanda significa: deixar o bebê decidir quando ele quer mamar, por quanto tempo ele vai ficar no seio e se ele quer mamar um ou os dois seios.



Quando o bebê não tem o direito de controlar um dos mecanismos, na maioria das vezes ele tenta mudar uma ou outra variável. Num experimento, alguns bebês foram colocados para mamar somente em um seio por mamada, durante uma semana e nos dois seios na semana seguinte (a ordem foi variável). Em teoria, os bebês teriam ingerido muito mais gordura nos dias em que mamaram somente de um lado do que quando mamaram nos dois seios. Contudo, os bebês espontaneamente modificaram a freqüência e a duração das mamadas e foram capazes de ingerir quantidades similares de gordura (mas volumes diferentes de leite).

Se o bebê não tem a chance de modificar a freqüência ou duração das mamadas e ele não tem a oportunidade de decidir se quer mamar de um lado ou dos dois, ele fica perdido. Ele não consegue tomar a quantidade de leite de que precisa, mas acaba tomando o que lhe é oferecido. Se a sua dieta está muito longe das necessidades reais do bebê, ele terá problemas em ganhar apropriadamente ou passará o dia faminto e irritado. É por isso que amamentação em horários pré-estabelecidos raramente funciona e quanto mais rígido for o esquema, mais catastrófico é o resultado. Os bebês precisam mamar irregularmente, somente assim eles têm uma dieta balanceada.



Desde o primeiro dia, embora pareça que ela está tomando somente leite, a criança está escolhendo sua dieta a partir de uma gama de opções e ela sempre escolhe sabiamente, tanto na qualidade, quanto na quantidade.



Do livro My Child Won’t Eat, do pediatra Carlos González. Tradução de Flávia Mandic

12.7.08

DR. Carlos González 1

A partir de hoje vamos publicar no blog alguns trechos do livro "My child won't eat" do pediatra Dr. Carlos González. Ele defende uma nova educação, baseada no amor, no respeito e na liberdade, tendo por base o conceito de que as crianças são essencialmente boas, que as suas necessidades afetivas são importantes, e que os pais lhe devem carinho, respeito e atenção. A leitura dos seus textos é recomendada pela Leche League.

OBS.: estes trechos foram traduzidos por Flavia Mandic e Fernanda Mainier Hack, que agradeço de coração por tê-los disponibilizados para este blog


* * * *


O que posso fazer para aumentar o leite?


Por que você quer ter mais leite? Pensando em abrir uma fábrica de laticínios?

A preocupação que as mães apresentam sobre produção suficiente de leite é antiga: séculos atrás, quando todas amamentavam, preces eram direcionadas aos santos e às virgens “especialistas” em leite bom e abundante e as mães usavam ervas e poções com reputação sólida.


Talvez o medo venha da ignorância. As pessoas acreditavam que a quantidade de leite dependia da mãe – havia mães que produziam muito leite e outras que tinham pouco; mães que secretavam leite bom e outras que faziam leite fraco.


Na maioria dos casos, a quantidade de leite não depende da mãe, mas do bebê. Há bebês que mamam muito e outros que mamam pouco e a quantidade de leite será sempre exatamente o que o bebê retira.


Exatamente? Sim. A produção de leite é regulada minuto a minuto pela quantidade de leite que seu bebê tomou na mamada anterior. Se o bebê estava faminto e rapidamente esvaziou o seio, o leite será produzido com grande velocidade. Se, contudo, o bebê não estava muito interessado e deixou o seio meio cheio, a produção de leite será de forma mais lenta. Isso já foi demonstrado através de cuidadosos cálculos medindo o aumento no volume disponível no seio entre mamadas.

Para a mãe que tem leite insuficiente, ou seja, menos que o bebê dela necessita, uma das seguintes condições TEM que estar presente:

1. Um bebê que não mama o suficiente (por exemplo, se o bebê está doente, cheio de água com açúcar ou chazinho ou tomou mamadeira);

2. Um bebê que mama, mas incorretamente (por exemplo, se o bebê posiciona a língua incorretamente porque se acostumou com chupetas ou mamadeiras, ou está fraco porque tem perdido muito peso ou devido a um problema neurológico).
3. Um bebê que não é permitido mamar em livre demanda, porque as pessoas querem alimentá-lo em horários rígidos ou entretê-lo com uma chupeta quando ele mostra sinais de fome.


Além dessas três circunstâncias (ou algumas poucas outras que podem ocorrer muito raramente), praticamente todas as mães terão exatamente a quantidade de leite de que o bebê delas necessita.

Então, quando me perguntam “como posso aumentar o volume do meu leite?”, a primeira coisa a ser estabelecida é se realmente existe um problema (se o bebê está perdendo peso ou engordando muito lentamente). Se este for o caso, será um problema de descobrir qual das três circunstâncias acima está envolvida (ou talvez todas as três) e corrigir isso. Se o bebê está doente, precisamos descobrir o problema e tratá-lo. Se ele está tão fraquinho que não consegue mamar, então tire o leite e alimente-o usando outro método. Se ele está chupando chupeta ou tomando água, pare de dar os dois. Se ele estava tomando mamadeiras, pare com elas também (isso deverá ser feito gradualmente, se ele estava tomando várias). Se a posição for o problema, corrija-a para ele aprender. Um grupo de apoio à amamentação pode ser útil (veja http://www.lalecheleague.org/).


Contudo, há muitas, muitas situações em que a mãe acredita (erroneamente), por uma ou outra razão, que ela não tem leite suficiente.

Alguns dos “sintomas” de pouco leite são:


• o bebê chora
• o bebê não chora
• o bebê quer mamar com freqüência inferior a 3 horas
• já se passaram 3 horas e o bebê não está pedindo pra mamar
• o bebê leva mais de 10 minutos para mamar
• o bebê mama e em 5 minutos não quer mais
• o bebê mama de noite
• o bebê não mama de noite
• minha mãe também não teve leite
• minha mãe tinha muito mais leite que eu
• meus seios estão cheios demais
• meus seios estão vazios e murchos
• meus seios são imensos
• meus seios são pequenos demais
• eu não tenho bico
• eu tenho 3 mamilos
(você ri? Muitas mães dizem seriamente “eu não tenho bico”. Eu garanto que é muito mais comum ter 3 mamilos que não ter nenhum).

Quando preocupada com estes sintomas, a mãe decide fazer alguma coisa para aumentar sua produção de leite. Se ela decide fazer alguma coisa inútil, mas inofensiva, como comer amêndoas ou acender uma vila para Santo Antônio, provavelmente nada de ruim acontecerá e é possível que sua fé faça com que ela credite que seu leite aumentou e todos ficam felizes. Mas algumas vezes a mãe tenta alguma coisa que funciona, ou pelo menos tem o potencial para funcionar. Nestes casos, os conselhos das pessoas que sabem alguma coisa sobre lactação humana podem fazer mais mal que bem, especialmente nos casos em que a mãe não tinha problemas de produção suficiente de leite.


O caso desta mãe retrata a profundidade da angústia que pode ser provocada quando se juntam a regra dos 10 minutos, o ganho de peso e alguns conselhos que parecem razoáveis, ainda que irrelevantes, já que não havia problema a ser solucionado:

Meu filho tem 3 meses e 10 dias. Ele pesa somente 4,640g. Nasceu com 3,120g e perdeu peso nos primeiros dias, chegando a 2,760g. O maior problema é que ele nunca quer mamar. Primeiro, eu o amamentava a cada 3 horas, mas ele sempre mamou só um pouquinho. O pediatra sugeriu que eu amamentasse a cada 2 horas, mas as coisas não melhoraram e me sugeriram que eu o colocasse no peito o tempo todo. As coisas pioraram. O bebê só mama bem à noite e durante o dia quando ele está sonolento. Eu já tentei tudo o que me aconselharam: tirei leite com a bomba antes de dar o peito, assim ele pode mamar o leite mais calórico e até eliminei tudo de laticínio da minha dieta. Nada adiantou e ele está me deixando louca. Já tentei dar mamadeira e ele não quer. O pediatra disse que ele é saudável (fez vários exames de laboratório) e normal, mas estou muito estressada. Vivo em constante desespero, preocupada se ele vai mamar direito na próxima mamada ou não, sempre observando para colocá-lo no peito quando ele vai dormir e ver se ele engole. Eu não posso sair de casa, porque ele pode querer mamar. Estou preocupada porque o peso dele está abaixo da média.


O peso deste bebê está no percentil 7 da curva, ou seja, 7 de cada 100 bebês saudáveis desta idade pesam menos que ele. Isso dá 280.000 dos 4 milhões de bebês nascidos todo ano nos Estados Unidos. Como será que as mães dos outros 280.000 bebês estão sobrevivendo? Esse peso é absolutamente normal.

Contudo, o problema não era o peso, mas o fato que o “bebê mama muito pouco”. O que isso significa aqui é que (uma vez que o bebê é amamentado e a gente não tem como saber o quanto ele mama) o bebê mama muito rápido. Quanta dor teria sido evitada se esta mãe soubesse que alguns bebês mamam super rápido e outros bem lentamente e que não é necessário olhar o relógio. Teria sido tão melhor se da primeira vez que a mãe dissesse “meu bebê mama pouco”, alguém tivesse dito “claro! Ele é tão esperto que já descobriu como mamar com eficiência e rápido”. Ao invés disso, ela foi informada de que havia um problema, o bebê não estava mamando o suficiente... e receber conselho para amamentar mais vezes. Conselho destinado ao fracasso, já que o bebê não precisava mamar mais e não conseguia.

Em 4 meses, a situação deteriorou ao ponto de que o bebê só mama dormindo. Um psicólogo poderia ter falado sobre o assunto, mas não precisamos procurar razões psicológicas abstratas para perceber que, se o bebê mamou dormindo já tomou tudo o que precisava (o que é evidente já que ele cresce normalmente) e é impossível adicionar mais mamadas depois que ele acorda. Ele comeria o dobro do que precisa.


O bebê não será capaz de mamar acordado se a mãe continua a amamentá-lo enquanto ele está dormindo. Ele só tem 4 meses, ainda vai experimentar sólidos e passar pela perda normal de apetite com 1 ano de idade. Se algo não mudar, a situação familiar ficará desesperadora.

Como o bebê vê esta situação? Claro, ele não entende o que está acontecendo. Ele não sabe que precisa mamar 10 minutos, nem que seu peso está no percentil 7. Ele estava bem, mamando quando queria, quando de repente coisas estranhas começaram a acontecer. Ele estava sendo acordado para mamar com muita freqüência e o melhor que ele podia fazer era ser flexível, fazendo as mamadas mais curtas, claro. Algumas vezes alguém tirava o leite desnatado do início da mamada e já no primeiro gole ele recebia creme de leite, cheio de gordura e caloria. Como era de se esperar, fazia as mamadas ainda mais curtas. Naturalmente, ele não aceitava a mamadeira (“mas eu já mamei 8 vezes hoje!” ). A cada mudança, ele respondia de maneira lógica, incapaz de compreender a sua mãe e os conselhos que ela recebia. Algumas semanas atrás ele começou a ter “pesadelos” estranhos. Ele sonha que um peito é introduzido na sua boca e que seu estômago enche-se de leite. A coisa mais estranha de todas é que o sonho é tão real, que ele até acorda com a barriga cheia e incapaz de mamar durante o dia.


Sua mãe parece mais preocupada a cada dia que passa; ele a vê chorando e isso o assusta. Se ele pudesse falar, diria a mesma coisa que sua mãe diz à gente “ela está me deixando louco”. E se ele fosse capaz de entender o que se passa, ele certamente faria um esforço para mamar bem lentamente e ficar 10 minutos no seio (mamando a mesma quantidade, claro, não há motivo para procurar uma indigestão). E isso faria todos felizes. Mas ele não entende o que acontece e não pode fazer um gesto de boa vontade. Somente sua mãe pode mudar; senão o problema permanecerá por muitos meses ou anos.


Do livro "My Child Won’t Eat, do pediatra Carlos González." Tradução de Flávia Mandic.

2.7.08

CALENDÁRIO DOS ENCONTROS NO 2º SEMESTRE 2008

19/07: os grupos de apóio e a smam 2008 (*)
30/08: por que amamentar seu bebê?
21/09: as primeiras semanas do seu bebê
18/10: o aleitamento materno: as perguntas das mães
22/11: aleitamento materno...e depois? (**)
20/12: confraternização de fim de ano
eis o calendário para o segundo semestre 2008!
já podem marcar nas suas agendas!
(*) este encontro acontecerá ao ar livre: preparem protetor solar (**) data sujeita a alteração

1.7.08

Somos mamíferas!

Mães ... vejam só como é tão natural amamentar os filhotes para os mamíferos ...




Por que as mulheres não podem amamentar em público sem sentir descomforto?
SoMoS MaMíFeRaS !!

27.6.08

SMAM 2009: enquete em quatro idiomas

Temos até o dia 30 de agosto próximo para formular uma proposta para WABA sobre o TEMA da Semana Mundial do Aleitamento Materno 2009. Todos podem participar da enquete ao lado em inglês, espanhol, italiano e português. É suficiente selecionar a opção preferida e ... votar!
Vamos dar nossa opinião ? ? ?

11.6.08

QUE ABSURDO ... e isso acontece na maior cidade do País!

11.06.08 - Kassab veta licença-maternidade de seis meses

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), vetou o projeto de lei aprovado na Câmara Municipal que ampliaria de quatro para seis meses a licença-maternidade das funcionárias municipais. A medida foi criticada por médicos. No "Diário Oficial da Cidade", Kassab alegou, ao vetar o projeto, que não cabe aos vereadores, mas somente ao prefeito, criar leis que tratem de direitos de servidores. Citou os gastos extras que a prefeitura teria com as mães mais tempo fora do trabalho. E afirmou que não há comprovação científica sobre quanto tempo a mãe deve amamentar seu filho. Para ele, o aumento da licença-maternidade é "inconveniente" e "contraria o interesse público"(*). Hoje, 72 cidades e dez Estados têm leis que determinam a licença de seis meses.
A Sociedade Brasileira de Pediatria e a Sociedade de Pediatria de São Paulo enviaram uma carta ao prefeito pedindo que reconsidere a decisão. O vereador Roberto Tripoli (PV), autor da proposta vetada, disse que pedirá uma audiência a Kassab.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que, para que o bebê cresça saudável, o leite materno seja o único alimento até os seis meses. Estudos mostram que o leite protege contra doenças no primeiro ano e ajuda a desenvolver a inteligência e a afetividade. "O filho precisa se alimentar exclusivamente de leite materno por seis meses mas a mãe só tem quatro meses. Temos um desencontro", diz o presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Dioclécio Campos Jr.
O médico diz que o prefeito de São Paulo se baseou em argumentos equivocados para vetar o projeto: "Mostrou desconhecimento da base científica". A médica Valdenise Tuma Calil, uma das diretoras da Sociedade de Pediatria de São Paulo, diz que há mães que se desesperam quando terminam os quatro meses da licença. "Até guardam leite, mas não é a mesma coisa. Na geladeira, perde um pouco das qualidades."
No Congresso Nacional, tramita um projeto de lei que permite às empresas privadas aumentar a licença-maternidade e, em troca, receber incentivos fiscais. A proposta, da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), já passou pelo Senado e agora está na Câmara dos Deputados. A Prefeitura de São Paulo tem 133 mil servidores. Cerca de 95 mil são mulheres, das quais aproximadamente 200, neste momento, estão em licença-maternidade, segundo a própria prefeitura.
Fonte:RICARDO WESTIN da Folha de S.Paulo
(*) Que absudo ... que falta de conhecimentos .... que falta de noção sobre o que representa uma mulher que está amamentando!! Ela que deveria receber o apóio, a proteção e o incentivo de toda a sociedade civil, por estar alimentado e cuidando do cidadão brasileiro do futuro ... que certamente será mais sádio (economizando dinheiro da saúde pública) , mais voltado para paz (diminuindo a violência e suas consequências), mais inteligente ... esta mulher é considerada uma parasita que aumenta os gastos da empresa ou órgão público onde trabalha ??
LLL Brasília está indignada como devem estar todas as mulheres que conhecem as vantagens inumeráveis da amamentação exclusiva até os seis mese de idade e em livre demanda ... e indignada como deveriam estar todos os cidadãos pela falta de respeito para com a vida humana.

10.6.08

EDWINA ... com saudade


Edwina Froehlich, co-fundadora de La Leche Internacional e co-autora do livro "Arte Femenina de Amamentar" , com 2 milhões de cópias impressas, faleceu em 8 de junho de 2008, no Hospital Northwest Community localizado em Arlington Heights, Illinois, USA depois de sofrer um derrame cerebral grave em 25 de maio último.
Edwina, de acordo com as opiniões das outras co-fundadoras, tinha um espírito indomável. Quando alguma dificuldade aparecía no caminho de La Leche League, ela falava: “Não deixaremos que isto seja um impecilho no nosso caminho, este é um problema que teremos que ultrapassar, trabalhar e resolver; portanto, teremos que seguir fazendo o quê nós nos propusemos - ajudar as mães a amamentar seus bebês com êxito !"


Para mais informações sobre Edwina:





MUITO OBRIGADA EDWINA EM NOME DE TODAS AS MÃES QUE LLL AJUDOU DESDE 1956 E CONTINUA AJUDANDO !!!

Preparação da SMAM 2008


Os movimentos sociais já estão se mobilizando para preparar a SMAM 2008. A ONG Ibfan-SP, em colaboração com o SENAC, está promovendo um seminário que com certeza vai ser muito bom.
(programação completa no site da Ibfan: http://www.ibfan.org.br/cursos/evento.php?id=6)

Em breve divulgarei o que LLL Brasília vai promover ....

1.6.08

LLL Brasília no X ENAM em Belém

De 21 a 24 de maio aconteceu em Belém o X Encontro Nacional de Aleitamento Materno, que reuniu cerca de duas mil pessoas para acompanhar a programação.

Mais de 80 pesquisadores e profissionais, referências no assunto no Brasil e em outros países, como a Malásia, Guatemala e Portugal, se revezaram num ciclo de palestras, mesas-redondas, painéis, conferências e debates sobre a história, a situação atual e as perspectivas futuras da amamentação no Brasil.
O ENAM O Encontro foi precedido pela manifestação "1.000 mães amamentando" que reuniu na Estação das Docas não 1.000 mães mas 1.600 mães amamentando batendo o record nacional em manifestações deste tipo.
Presentes ao ENAM também grupos de apóio às mães como LLL, Amigas do Peito (RJ) e MATRICE (SP). LLL Brasília apresentou a situação da ONG Internacional no Brasil comparada com a situação nos outros países da América Latina e também o plano de fortalecimento da rede no Brasil.
(da esq. para dir.)
Fabíola (MATRICE); Cláudia (Amigas do Peito); Francesca (LLL) e Márcia (SENAC/SP)



Francesca apresentando o plano de fortalecimento no Brasil que inclue a abertura da ONG nacional La leche League Brasil







Painel coletivo (org. pela enfermeira/fotografa Fernanda de Sá)







Venda de imãs de geladeira e camisetas para arrecadar fundos para abertura da ONG La Leche League Brasil.








Flor do Sul (Jane), demonstrando a função educativa de uma de suas bonecas artesanais.







26.5.08

Policial chinesa amamenta os bebês orfãos pelo terremoto

Querida mães ...

Neste vídeo vamos aprender como a amamentação nos ensina a solidariedade:
uma policial chinesa que, durante seu expediente, amamenta os bebês que perderam as mães durante o terremoto. Antes do vídeo começar passa uma propaganda, tenham paciência porque vale a pena...

http://video.msn.com/video.aspx?mkt=pt-BR&brand=&vid=e02ef5c6-87c0-43ee-b9a1-0fd78104f79f



18.5.08

Aleitamento materno e câncer de mama

Vou postar aqui uma notícia muito interesante sobre uma pesquisa que foi feita entre pessoas que foram amamentadas e que recebi das minhas colegas latinoamericanas.
Os resultados da pesquisa mostram uma vantagem da amamentação que nós não conheciamos ainda.
Todos sabemos que a mulher que amamenta recebe uma proteção contra o câncer de mama e câncer de colo do útero, entre outros.
Mas a pesquisa aponta que também quem foi amamentado recebe esta proteção, seja homem, seja mulher.
Sim, porque o câncer de mama afeta homens também e as estatísticas mostram que a doença está aumentando. Portanto, vamos "contabilizar" também esta boa notícia entre as inúmeras vantagens que já conhecemos ...
***

Lactancia materna y cáncer de mama

15 MAY 08 “Epidemiology”
Según un nuevo estudio, las mujeres que en la infancia fueron alimentadas con leche materna tenían en general un menor riesgo de desarrollar un tumor mamario.(Jano.es)
Las mujeres adultas que en la infancia fueron alimentadas con leche materna parecen tener menos riesgo de desarrollar cáncer de mama que las alimentadas sólo con leche artificial, a menos que se tratase de la hija mayor, sugiere un estudio de investigadores de la University of Wisconsin (Estados Unidos) que publica “Epidemiology”.
"Como grupo, las mujeres que habían sido alimentadas con leche materna en la infancia tenían un 17% menos de riesgo de cáncer de mama", aseguró el Dr. Hazel B. Nichols, que participó en el estudio. "De todos modos, no observamos esa reducción cuando analizamos sólo a las que eran las hijas mayores", añadió.
La edad de una mujer al tener el primer hijo permite predecir los niveles de contaminantes ambientales que contiene su leche. Estudios previos sugirieron la existencia de una relación entre el aumento del riesgo de cáncer de mama y la acumulación de esos contaminantes.
Para analizar si el orden de nacimiento de una mujer adulta, la edad maternal al momento de su nacimiento y la lactancia altera o no su riesgo de cáncer de mama, los autores entrevistaron a 2.016 mujeres, de entre 20 y 69 años, con cáncer de mama y a 1.960 mujeres de la misma edad, pero sin la enfermedad.
Las mujeres que en la infancia habían sido alimentadas con leche materna tenían en general un menor riesgo de cáncer mamario.
De todos modos, después de limitar el análisis a las mujeres alimentadas sólo con leche materna, aquellas con tres o más hermanos mayores tenían un menor riesgo de cáncer de mama que las que eran hijas mayores. En cambio, no se observó en esas mujeres una relación entre la lactancia, la modificación del riesgo de cáncer y la edad materna al momento del parto.
Entre las mujeres que no habían sido alimentadas con leche materna se observó una asociación entre la reducción del riesgo de cáncer de mama y la edad materna al momento del parto, aunque el equipo no identificó en ese grupo una relación entre el riesgo de cáncer de mama y el orden de nacimiento.
Mientras que los nuevos resultados sugirieron que el riesgo de desarrollar cáncer de mama difiere según si la mujer recibió o no leche materna en la infancia, se necesitan estudios adicionales para determinar si esas relaciones varían con la duración de la lactancia o según los niveles de contaminantes ambientales en la leche materna, concluyen los autores.
http://www.intramed.net/actualidad/not_1.asp?idNoticia=53220

16.5.08

X ENAM - Belém (21-24 de maio de 2008)


La Leche League Brasília vai ao X ENAM (Belém) para apresentar o plano de Fortalecimento de La Leche League no Brasil que tem como objetivo a criação de uma ONG nacional e um maior número de líderes que atendam as mães em outros estados do Brasil.

O ENAM, Encontro Nacional de Amamentação, reune todos as pessoas envolvidas no movimento em favor do aleitamento materno no Brasil e, com certeza, ...

...vai ser uma experiência muito enriquecedora!

13.5.08

Produtos de La Leche League Brasília (1)

LLL Brasília está vendendo estas charmosissímas imãs de geladeira em biscuit para financiar suas despesas e arrecadar o dinheiro necessário para a abertura da ONG nacional "La Leche League Brasil" que reunirá os grupos existentes no Brasil. Quem quiser ajudar escreva para ligadoleite.brasilia@yahoo.com.br.

BENTA: a boneca que amamenta!

O preço é R$ 5,00 cada uma e R$ 13,00 para 3 imãs (cores disponíveis: rosa claro, pink, lilas, verde).

6.5.08

SMAM 2008

A SMAM 2008 vai ter o slogan, escolhido pelos movimentos sociais que protagonizam a SMAM:

quando o assunto é amamentar, apoio em primeiro lugar!

Mas o que significa SMAM e por que se comemora a SMAM?

Significa "Semana Mundial da Amamentação". A Semana Mundial da Amamentação é uma iniciativa da WABA, concebida em 1992 com o objetivo de promover, proteger e apoior o aleitamento materno.

Introduzida no Brasil em em 1993 por Denise Arcoverde, fundadora do saudoso grupo Origem, ela teve tamanho sucesso que em somente quatro anos passou a ser comemorada em quase 5000 municípios.

Mas o quê é WABA?
WABA (Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno) é uma rede mundial que reúne pessoas, instituições e outras redes que trabalham em prol da amamentação. A WABA é como um grande "guarda-chuva" que abriga todos os que atuam nas mais diversas áreas: grupos de apoio às mães, grupos de mães, profissionais de saúde, defensores do Código Internacional para Comercialização de Alimentos para Lactentes, entre outros.

Por que a SMAM se comemora todos os anos na primeira semana de agosto?

Porque na primeira semana de agosto foi elaborada e assinada, em 1990, a DECLARAÇÃO DE INNOCENTI por um grupo de alto nível de formuladores de políticas de saúde de governos (Florença -Itália).
A declaração reflete o ponto de vista manifestado por representantes governamentais de ter implementado até 2005 um programa nacional de aleitamento materno reconhecendo o leite mmaterno como alimento ideal para o desenvolvimento do bebê. O Brasil participou e assinou a declaração. Mais informações sobre a Declaração dos Innocenti no site: http://www.unicef.org/programme/breastfeeding/innocenti.htm


Visite também: http://www.waba.org.my/

2.4.08

COMO POSSO AJUDAR A LIGA DO LEITE?

A Liga do Leite é uma associação voluntária e depende integralmente de livres ofertas e quotas de afiliação para poder continuar trabalhar.
Você pode ser afiliada da Liga do Leite / Brasília durante um ano com a possibilidade de renovação. A taxa de afiliação, no valor de Reais 30,00, que pode ser paga em 3 vezes, ajuda a apoiar este grupo, a área do Brasil e La Leche League Internacional.
Os benefícios para as afiliadas incluem o empréstimo de livros da Biblioteca* do grupo Liga do Leite / Brasília, a revista bimestral “aLLLeitamento materno” (que será lançada em julho próximo) e desconto sobre compras de artigos relativos a amamentação.
Como é utilizada a taxa de afiliação?
40%
fica no caixa do grupo e ajuda a pagar as despesas administrativas, de atualização da líder e de compra de novos livros.
45% da taxa é utilizada para apoiar o trabalho de La Leche League (LLL) no Brasil: ajudar a formar mais líderes, organização de encontros, etc.
O restante destina-se a La Leche League Internacional é utilizada para manter a rede de 6.000 líderes no mundo inteiro, financiar um centro de informação e outras atividades.
Portanto, as afiliadas apóiam LLL a nível local e internacional.
Faça as suas contas: quanto custaria comprar leite em pó durante um ano? Lembre: La Leche League existe hoje porque outras mães se afiliaram no passado.

VOCÊ VAI NOS AJUDAR LEVAR ADIANTE ESTA MISSÃO QUE NOS PERMITE DE AJUDAR VOCÊ E OUTRAS MÃES POR MUITOS ANOS AINDA.

*A biblioteca abrange livros sobre parto, alimentação, relacionamento com os filhos, etc.

1.4.08

Próximos encontros...

O nosso último encontro foi animado pela presência da Sol (1 ano e 3 meses), do amiguinho dela Bernardo (1 ano e 3 meses também) e do João Pedro (2 anos e 4 meses). A Ana Luisa e a Maria Fernanda ficaram quietinhas nas barrigas das respectivas mães....


Os próximos acontecerão no mesmo local, no mesmo horário conforme este calendário:

- 19/04/2008: Amamentar é uma arte... mas como evitar as
dificuldades?

- 31/05/2008: Mais uma etapa: o desmame

- 28/06/2008: Por que amamentar depois do primeiro ano de
vida?


Quem puder, traga um lanchinho para compartilhar...
* * *
Até o nosso próximo encontro. Curtam este vídeo:
La Teta... dar la TeTA es dar ViDA !

14.3.08

2o Encontro da Liga do Leite em Brasília

O segundo encontro para o ano de 2008 é amanhã...O tema que será abordado, entre outros, é:

"A chegada do bebê"

Data: sábado, 15 de marco
Horário: de 10h00 a 12h00
Local: SEPS 714/914 - CENTRO EXECUTIVO SABIM - SALA 428

Vamos nos encontrar, mães!

1.2.08

WABA: Concurso fotográfico 2008

Como prometido, eis as informações em português sobre o concurso fotográfico organizado pela WABA em ocasião da SMAM 2008:

A WABA está organizando um concurso mundial de fotos sobre aleitamento materno para a SMAM 2008. Dez fotos vencedoras serão escolhidas e os proprietários das fotos mostradas no Folheto de Ação receberão 100 dólares por foto publicada. O tema é: histórias que exemplifiquem o apoio à amamentação, isto é qualquer fotografia que NARRE UMA HISTÓRIA DE APOIO.




Pode ser uma pessoa, um evento, um local! Pode ser você a pessoa que apoiou ou quem recebeu apoio. Ilustre o tipo de apoio oferecido ou recebido com uma fotografia. Ao tirar as fotos, pense global e agia localmente. WABA incentiva o envio de fotos que reflitam etnias diferentes e incluam crianças amamentadas, desde recém-nascidos até crianças com 2 anos de idade ou mais. O apoio pode se oferecido em diferentes ambientes; o apoio que você ofereceu pode ter ocorrido numa casa, num museu, no mercado público ou no campo.


O tema desse concurso de fotos baseia-se no tema de SMAM 2008: o apoio às mães. Pocure mostrar:

* incentivo e ajuda consistente * ajuda e apoio via computador e internet * apoio por meio de telefone, TV, revista, jornal * um grupo de mães ou uma pessoa com quem foram partilhadas preocupações e alegrias * estímulo de um profissional da saúde ou outro para o início do aleitamento materno ou para sua manutenção * um membro da família que realizou as tarefas domésticas * um colaborador que ajudou na criação de uma sala de aleitamento materno numa fábrica.


Mais informações e download do formulário do concurso em: http://www.worldbreastfeedingweek.org/

30.1.08

1º Encontro 2008

O primeiro encontro para o ano de 2008 está chegando...O tema que será abordado é: "Vantagens da Amamentação para a mãe e o bebê"

Data: sábado, 9 de fevereiro
Horário: de 10h00 a 12h00
Local: SEPS 714/914 - CENTRO EXECUTIVO SABIM - SALA 428
Vamos nos encontrar, mães!

29.1.08

Semana Mundial do Aleitamento Materno 2008

Como cada ano, na semana do dia 1º até o dia 7 de agosto de 2008, será comemorada a Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM) organizada pela WABA. O tema deste ano é: "Mother Support: Going for the Gold".

WABA quer lembrar a todos a importância de dar apoio às mães, que ao final é exatamente o que A Liga do Leite faz: defender a amamentação, apoiar as mães, divulgar um novo paradigma de parentalidade, etc

Enquanto o Ministério da Saúde brasileiro ainda não escolheu a tradução em português, os países de língua espanhola já têm a tradução: "Apoyo a la madre : Construyendo el éxito " .


Mães, vamos construir juntas uma nova cultura da solidariedade e da paz a partir do leite materno que sacía duplamente a fome dos nossos bebês: a fome de comida e a fome de cuidados e amor.


Em breve postarei as informações sobre o concurso fotográfico promovido pela WABA em ocasião da SMAM, ok?